Março de 2024 – De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a endometriose afeta 190 milhões de mulheres e meninas em idade reprodutiva no mundo todo. Somente no Brasil, são mais de 7 milhões de casos. A doença ocorre quando o endométrio, que é o tecido que reveste o interior do útero, encontra-se em outros órgãos do corpo. Os sintomas podem variar de mulher para mulher, podendo ser assintomáticos ou sintomáticos.
De acordo com o Dr. Thiers Soares, médico ginecologista, especialista em endometriose, adenomiose e miomas, o primeiro passo para diagnosticar a endometriose é não deixar de fazer os exames de rotina, que podem identificar a doença em sua fase inicial. Diante da suspeita, o profissional solicita exames de imagem, como ressonância magnética ou ultrassonografia especializada.
O tratamento adequado continua sendo indispensável para o controle da doença, já que ele melhora a qualidade de vida da mulher, ameniza as dores e aumenta as chances de uma gravidez saudável, e pode ser feito de forma clínica ou cirúrgica.
Procedimentos Clínicos
Os procedimentos clínicos funcionam por meio de medicamentos que regulam a produção e captação hormonal, e os mais comuns são:
Analgésicos e anti-inflamatórios: utilizados para proporcionar alívio das dores;
Tratamento hormonal: reduz a velocidade de crescimento do tecido endometriótico e ajuda a melhorar os sintomas.
Procedimentos Cirúrgicos
A cirurgia é recomendada quando existe a presença de células endometriais fora do útero, o que pode gerar sérias complicações e comprometer os órgãos afetados.
A laparoscopia é uma cirurgia por via abdominal, minimamente invasiva e menos agressiva em comparação a outras. O procedimento proporciona menos dor e uma recuperação pós-operatória mais rápida, sendo um dos tratamentos cirúrgicos mais indicados no caso da endometriose. Nela, o cirurgião manuseia pinças retas com as mãos, introduz no abdômen da paciente e realiza as ações necessárias, como puxar, cortar, cauterizar e suturar as estruturas da endometriose. A recuperação, geralmente, ocorre no período de uma semana a 15 dias. Durante esse tempo, a mulher deve ficar em repouso, com horários de sono regulares, não praticar exercício físico intenso e evitar relações sexuais. É possível que o ginecologista especializado recomende algum tipo de atividade mais leve, como uma caminhada.
A cirurgia robótica é um procedimento minimamente invasivo e menos agressivo, que utiliza a tecnologia mais avançada que existe atualmente na área da ginecologia, na qual o cirurgião tem acesso à assistência de um robô. Por se tratar de um equipamento robótico, este tipo de cirurgia tem mais precisão em locais que geralmente são de difícil acesso. Além disso, ajuda na ergonomia do cirurgião, deixando os movimentos mais precisos e trazendo mais confiança para a paciente. O pós-operatório requer cerca de um dia em observação (esse período depende também da doença que foi tratada), caso não tenha acontecido nenhum agravamento. Depois que tiver alta, a paciente receberá todas as recomendações médicas, como evitar atividades pesadas, corridas e outras ações que podem prejudicar a recuperação.
Sobre o Dr. Thiers Soares
Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é ginecologista especialista em doenças como Endometriose, Adenomiose e Miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Recentemente, o Dr. Thiers Soares foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterino, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterino.