Nessa época do ano ouvimos muito aquela máxima de que “No Carnaval pode tudo”. Mas será que pode mesmo? A especialista em autoconhecimento e única formadora do método Louise Hay, Renata Fornari, explica a diferença entre curtir por alegria ou por carência: “é importante entender se esse desejo está ligado a uma energia interna de autoamor, como ‘eu me amo, portanto me permito a diversão’, e onde está a linha do limite quando isso beira a falta de auto-respeito”.
Renata conta que essa pergunta é similar a uma outra que sempre envia em suas redes sociais, sobre procedimentos estéticos: é autoamor e autocuidado ou falta de autoaceitação? “Minha resposta para ambas é: depende. Depende de onde vem essa atmosfera. Se a pessoa usa maquiagem ou faz procedimentos para ressaltar a própria beleza e corrigir algumas imperfeições com o objetivo de se sentir ainda mais linda, é totalmente positivo. Mas se é o caso de se odiar, não conseguir se olhar no espelho, ficar buscando uma perfeição utópica para aí talvez gostar de si, é falta de autoamor”.
Com as festas de Carnaval é a mesma coisa, você pode estar em um ambiente e se permitir dançar, brincar, extravasar até quando o corpo aguentar (no sentido do cansaço) e até beber um pouco a mais, desde que essa vontade venha de um lugar de amor para consigo. “Acontece que existe uma linha tênue entre a diversão por autoamor e por não estar bem no seu íntimo, que surge por carência afetiva”, alerta Renata.
“A Louise Hay costumava dizer: ‘Todos nós temos necessidade de amor, temos necessidade biológica de pertencer e conviver em grupo’, mas precisar de amor é diferente de estar carente e, especialmente no Carnaval, vemos muitas pessoas com falta de amor da pessoa mais importante da vida dela, que é ela própria. Quando esse é o problema, nada externo vai preencher a vida dessa pessoa, então não adianta ir para os blocos na intenção de encontrar quem vá ocupar esse vazio, seja uma pessoa ou várias”, adverte.
Nesse cenário de carência, é comum que as pessoas tomem decisões e tenham atitudes que não são respeitosas com elas mesmo, como beber em excesso, estar com companhias não muito interessantes só para não ficar sozinho, entre outras coisas. Essas situações mostram a falta de autoestima.
Para entender com qual intuito você vai curtir a folia, a especialista sugeri um simples exercício: “Antes de sair de casa para curtir, faça uma reflexão e pense: Você está preocupado com o que os outros vão pensar de você, da sua roupa, ou em como você deve se comportar para agradar e ser aceito pelos outros? Já sai com o objetivo de conhecer alguém interessante e, se isso não acontece, vai se sentir frustrado? Já se você está de bem com a vida, você vai sair sem expectativa, vai se permitir dançar, se divertir, não precisará abusar do álcool para ser quem você é e ser autêntico, não se preocupará com a opinião alheia e, acima de tudo, confiará na fluidez da vida e saberá que a festa vai ser maravilhosa simplesmente por estar feliz consigo”.
Esses são grandes termômetros para entender quais os seus objetivos inconscientes e poder curtir o Carnaval sem passar dos limites que são saudáveis para você ou sofrer decepções.
Renata Fornari é especialista em autoconhecimento e única formadora do método Louise Hay no Brasil. A metodologia oficial da maior precursora do autodesenvolvimento através do autoamor no mundo, está presente em mais de 70 países. Fornari se dedica desde 2017 com o objetivo de ensinar as poderosas técnicas de transformação de Louise, ajudando pessoas a se libertarem de condicionamentos do passado e entrarem em contato com a própria essência, tendo o autoamor como principal ferramenta: “Quando nos aceitamos e nos respeitamos, tudo flui com facilidade e não delegamos a ninguém – ou a nada – o poder ou responsabilidade pela nossa felicidade. Quando entramos em contato com nossa verdadeira essência, conseguimos lidar com dores, medos e sentimentos negativos para transformá-los em crescimento e desfrutar cada vez mais da nossa paz interior!”, relata Fornari.