Os olhos do mundo inteiro estão focados nas eleições dos Estados Unidos. Donald Trump e Kamala Harris mostram um pleito acirrado. E não há chance de arriscar quem poderá levar a melhor e ser presidente da nação mais poderosa do mundo.
A expectativa pode ainda se estender. A contagem dos votos é imprevisível. O resultado pode ser conhecido em dias ou até semanas. Na economia norte-americana, pelo menos, os efeitos da disputa nas urnas não são registrados. Existe um descolamento enorme da política com o mercado financeiro.
Mas vamos às ideias dos candidatos. O plano de governo de Kamala Harris prevê uma possível redução do déficit do país em US$ 3 trilhões. Já o planejamento de Donald Trump pode aumentar em US$ 5 trilhões. Essa é a “fotografia” macro. A micro indica que Kamala não vai renovar os incentivos e as reduções de impostos que foram aprovados ainda na época de Trump. Ele, por sua vez, garante que não só vai renovar, como aumentar as facilidades.
Falando ainda em Trump, caso ele ganhe as eleições, tudo indica que as bolsas vão reagir positivamente no curtíssimo prazo, ou seja, de forma imediata. Mas depois ninguém conseguirá saber o que pode acontecer, porque ele tem uma agenda completamente caótica.
Dois pontos que Trump defende podem ser chamados de aterrorizantes. Um deles é taxar todos os produtos importados – e temos que lembrar que os Estados Unidos são os maiores importadores do mundo e que muita coisa na economia do país depende da importação. Ele fala em taxar os importados da China em 10%. Mas o candidato já mencionou que alguns itens vindos de fora podem ser tributados em 60% e até 200%. Resumindo, parece que não há um programa de governo escrito, organizado, tamanha confusão.
A outra questão altamente preocupante e inexequível é que Trump disse que vai extraditar 11 milhões de imigrantes ilegais.
A vitória de Kamala Harris, para o Brasil, seria muito mais positiva. Primeiro pelo aspecto político. Trump e governo Lula, em teoria, estão em linhas opostas. E o aspecto mais preocupante é que Donald Trump iria impor a guerra de tarifas ao Brasil, caso fosse eleito.
De qualquer forma as companhas, no que se refere a propostas, foram pobres. Desta forma, podemos esperar tudo do resultado das urnas e também do governo de quem for o escolhido.
*Bruno Corano é empresário, investidor, economista formado pela UPENN – Universidade da Pennsylvania, socio controlador da Corano Capital NYC, maior gestora privada brasileira nos EUA.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
NEIDE LIMA MARTINGO PEREIRA
nmartingo@gmail.com