Com as mudanças de tempo típicas do outono, sintomas gripais como nariz entupido, coriza e coceira ao redor do nariz tornam-se cada vez mais frequentes. E para aliviar os sintomas, muita gente acaba recorrendo ao uso de descongestionantes nasais, mas é preciso ter cuidado, uma vez que esse tipo de produto pode acabar sendo usado de forma excessiva, prejudicando a saúde e se tornando até mesmo um vício.
Segundo o médico otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição, Dr. Fernão Bevilacqua, o uso excessivo ocorre porque o medicamento traz uma resposta muito rápida para o alívio dos sintomas nasais. “Quando a pessoa percebe que o descongestionante faz com ela se sinta com o nariz desobstruído, quase que instantaneamente, isso acaba incentivando-a a querer buscar mais doses do spray, o que a torna dependente”, alerta.
Ainda de acordo com o especialista, o uso crônico e prolongado pode levar a uma vasoconstrição, que é a diminuição da passagem dos vasos sanguíneos. Esse efeito afeta as áreas mais sensíveis do corpo, como coração, cérebro, pulmão e intestino, que a longo prazo, podem sofrer complicações irreversíveis.
Identificando o excesso
Para saber quando o uso do descongestionante nasal passa a ser um vício, o Dr. Fernão Bevilacqua recomenda observar a frequência de locais em que o produto está presente no cotidiano. “Uma pessoa viciada carrega o produto no bolso, no porta-luvas do carro, na mochila do trabalho, na bolsa, no banheiro e chega até a comprar caixas e lotes”, adverte.
Com isso, o medicamento sempre fica à mão, com fácil acesso. Mas nem sempre os sintomas são aparentes, sendo o mais recorrente a dificuldade de sentir a corrente de ar passar pelo nariz, mesmo que ela esteja sem obstruções. “O uso excessivo faz com que a mucosa fique hipertrófica, além disso, a pessoa perde a sensibilidade ao ar”, pontua o otorrinolaringologista.
Tratamento é possível
Uma das formas de largar o vício em descongestionantes nasais é substituir o conteúdo do spray ou borrifador por soro fisiológico. Segundo Bevilacqua, o ato ocorre de maneira gradual, e pode ser necessário o uso de medicamentos para aliviar a sensibilidade da mucosa.
“Um otorrino pode sugerir o uso de corticoides, lavagem nasal ou até medicamentos orais como anti-inflamatórios e anti-histamínicos, dependendo sempre de cada caso. Mas para cessar instantaneamente, a melhor forma ainda é trocar pelo soro fisiológico”, reitera o especialista.
Além disso, não é por conta de o medicamento causar dependência em algumas pessoas que ele não possui um valor importante para a medicina. O otorrinolaringologista destaca que o descongestionante nasal pode ser usado para sangramentos leves no pós-operatório, além de ser indicado para quem tem sinusite aguda durante dois ou três dias.
“O que vale é sempre ter uma prescrição e acompanhamento médico para que esse tipo de produto possa ser usado. É importante que o especialista avalie quando o descongestionante está sendo usado de forma crônica e acaba se tornando um veneno ao invés de ajudar o paciente, trazendo prejuízos à saúde”, conclui.
Sobre o Dr. Fernão Bevilacqua:
O Dr. Fernão Bevilacqua é médico otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição. Membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Academia Brasileira de Audiologia. Possui graduação em Medicina pela Universidade São Francisco (2010). Residência Médica na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fez um ano de Otologia, Cirurgia Otológica na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Possui título de especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira – AMB.
Sobre o Alfa instituto
Site: https://www.implantecoclear.com.br/
IG: https://www.instagram.com/alfa.instituto
O Alfa Instituto de Comunicação e Audição, iniciou suas atividades em 1998 atendendo pacientes com queixa de transtornos auditivos de diferentes regiões do país. Logo surgiu a necessidade de oferecer também propostas voltadas para a educação continuada envolvendo os diferentes profissionais da saúde que apresentam interesse por audição e seus distúrbios.
Assessorias, Aprimoramento e Núcleos de Estudo passaram a ser oferecidos regularmente, colocando em primeiro plano os nossos pacientes. A inovação da educação continuada em Audiologia está na metodologia de ensino utilizada, a qual visa a participação do aluno em atividades que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio clínico fundamentado em disciplinas teórico-práticas.
O Instituto dispõe de infraestrutura própria, com tecnologia de ponta, disponibilizando ao aluno atividades práticas com equipamentos nas áreas auditiva e vestibular, incluindo Avaliação Audiologica Adulto/Infantil, Emissões Otoacústicas Evocadas (EOE), Potenciais Evocados Auditivos de curta, média e longa latência, Resposta Auditiva de Estado Estável, Adaptação de Prótese Auditivas (AASI), Programação dos Sistema de Implante Coclear, Processamento Auditivo Central, Reabilitação Auditiva, Supressão contralateral de EOE, HI-PRO, equipamento para medidas em acoplador de 2 cc e medidas de inserção com AASI.A equipe de profissionais é formada por mestres e doutores com experiência e reconhecimento nacional.