Em 2024, o Brasil registrou uma queda histórica na taxa de desperdício de água potável, um problema persistente que afeta a economia e o abastecimento público. Um estudo recente do Instituto Trata Brasil revelou que 37,8% da água potável foi perdida antes de chegar às residências em 2022, mostrando uma melhora em relação ao ano anterior.
Wilson Pacheco, técnico especialista em caça a vazamentos de água da empresa Pacheco Caça Vazamentos, ressalta a importância de detectar e reparar vazamentos ocultos. “A economia começa com a manutenção preventiva. Pequenos vazamentos de água não detectados podem somar perdas significativas ao longo do tempo, impactando não apenas os custos operacionais mas também a disponibilidade de água para a população”, explica Pacheco.
A redução no desperdício, embora significativa, ainda está longe da meta de 25% estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. A perda anual de água chega a 7 bilhões de metros cúbicos, suficientes para abastecer estados inteiros.
Regiões como o Norte e Nordeste apresentam os maiores índices de desperdício, com mais de 46%, enquanto o Sul e o Sudeste mostram melhores índices, próximos de 34%. Essa discrepância regional reflete desafios distintos na gestão de recursos hídricos.
Alguns municípios, contudo, apresentam resultados exemplares. Cidades como Goiânia, Campo Grande e Limeira registraram índices de desperdício abaixo de 25%, mostrando que é possível melhorar a eficiência com políticas adequadas e investimento em tecnologia.
O especialista Wilson Pacheco destaca que o avanço tecnológico na área de detecção de vazamentos é fundamental. “Equipamentos modernos e técnicas avançadas, como a termografia e testes de pressão, são essenciais para identificar vazamentos que não são visíveis a olho nu”, comentou.
Para 2025, espera-se que mais municípios adotem tecnologias avançadas e políticas de gestão de água mais rigorosas, buscando atingir e superar a meta do governo federal. A continuidade dos investimentos em infraestrutura e tecnologia será crucial para mudar o panorama do desperdício de água no Brasil.
Esta matéria ressalta a importância da conscientização sobre vazamentos ocultos e a necessidade de investimentos contínuos para a redução de perdas, um componente essencial para a estabilidade econômica e hídrica do país.
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MARCOS MOREIRA CANGUSSU
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