O uso da tecnologia no mercado financeiro vem evoluindo nos últimos anos, fazendo, inclusive, com que os clientes finais das instituições desse setor também mudem seus hábitos, passando a utilizar a praticidade que essas ferramentas trazem para ampliar suas atuações e até se dedicar à escolha de investimentos com mais facilidade.
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em parceria com o Datafolha, divulgaram recentemente o estudo “Raio X do Investidor Brasileiro – 2024”, indicando que o meio preferido pelos investidores no Brasil para decidir o melhor produto financeiro é o contato com um gerente ou assessor de forma presencial. Ao todo, 28% dos mais de 2,1 mil entrevistados fizeram essa escolha no último ano, frente a 23% em 2022. Ao mesmo tempo, os aplicativos são os recursos mais utilizados para efetuar os investimentos, com 45% em 2023 (aumento de 2% em comparação com 2022).
Junto a essa mudança no comportamento dos novos investidores – e até naqueles com mais experiência, também está uma movimentação observada nas empresas especializadas, que estão focando em produtividade para atender a nova demanda crescente, com ajuda da tecnologia.
“No mercado de investimento, a tecnologia tem a função de complementar a atuação de um assessor, gerando insights sobre o histórico de cada cliente e reavaliando os ‘perfis de risco’, ajudando os especialistas a gerar recomendações de forma otimizada, tanto do ponto de vista do cliente, quanto da produtividade dos escritórios”, é o que explica Daniel Oliveira, VP de Serviços e Tecnologia da consultoria Falconi.
Ao olhar para o mercado brasileiro, estudos apontam que os investidores preferem um panorama onde há a união entre tecnologia e humanos. Segundo o CFA Institute Brasil, 68% das pessoas preferem ter recomendações feitas por pessoas, mas com suporte digital inteligente.
Dentre os benefícios que a tecnologia pode trazer para o ecossistema das assessorias de investimento estão as definições de carteiras a partir da utilização de inteligência artificial para ajudar a definir o perfil de risco de cada cliente, possibilitando gerar recomendação de investimentos mais adequadas aos perfis, que desencadeia no aumento na satisfação no atendimento.
Para o VP da Falconi, a falta dessa integração pode trazer desafios para o momento atual das assessorias de investimentos. “Vale ressaltar que o número de investidores vem aumentando e, por consequência, a subdivisão das carteiras atendidas pelos assessores, surgindo a necessidade de aumentar a produtividade para que as metas estipuladas por essas empresas sejam de fato alcançadas. Ao deixar a tecnologia de lado nesses momentos, é mais comum que se façam avaliações de risco inadequadas, além da perda de eficiência e alcance do potencial de cada assessor. As ferramentas digitais nos servem como apoio e ampliação do alcance, auxiliando, inclusive, os gestores na tomada de decisões de negócio mais estratégicas”, explica o executivo.
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MATHEUS BRIET DIAS SILVA
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