Volta a chover potente, a partir desta segunda-feira (18), no Rio Grande do Sul com volume muito significativo nas áreas entre o núcleo e o leste do estado e também em Santa Catarina. A meteorologista do Instituto Vernáculo de Meteorologia (Inmet) Andrea Ramos explica que isso se deve a um núcleo de baixa pressão desempenado com linhas de firmeza.
“Vão proporcionar chuvas com volumes significativos acima de 40 milímetros, principalmente no sul do Rio Grande do Sul. E entra mais assim na parte sudeste.”
No percurso da semana, a meteorologista informa que o Rio Grande do Sul permanecerá com as condições meteorológicas instáveis. Na terça-feira, o estado continuará sob influência da circulação de subida pressão sobre o Atlântico, resultando na previsão de chuva de moderada a potente intensidade em toda a filete centro-oeste, enquanto na filete leste a chuva será mais branda, variando de fraca a moderada.
Na quarta-feira, ainda é provável observar intensificação das chuvas na segmento sudeste, relata Andrea Ramos. “Nessa região ali de Pelotas, vai receber muitas chuvas naquela parte do vale do Taquari e em Porto Alegre”, informa. Santa Catarina e Paraná também têm possibilidades de a chuva chegar, principalmente na segmento oeste.
Tempo sedento e calor no resto do país
Mas a frente fria não vai passar do Rio Grande do Sul. Segundo Andrea Ramos, a maior segmento do país terá uma longa sequência de dias de sol potente e baixa umidade. “O calor será frequente e intenso, sobretudo em áreas do interior de Santa Catarina, no estado do Paraná, em grande parte da região Sudeste, no Centro-Oeste, no interior do Nordeste e também nos estados de Rondônia, Tocantins e em áreas do centro-sul do Pará e do centro-leste do Amazonas”, destaca.
Em grande segmento do Brasil Meão e interno do Nordeste há previsão de tempo sedento e sem chuvas ao longo da semana. Para a Região Setentrião, são previstos acumulados maiores que 70 mm no oeste do Amazonas e em Roraima. No Acre, Rondônia e em áreas centrais de Roraima, a previsão é de baixos acumulados de chuva. Nas demais áreas, não há previsão de chuva.
A meteorologista alerta para a possibilidade de baixa umidade. “Nós estamos tendo registros de umidades até baixa, de 20%, principalmente no sul do Maranhão, sul do Piauí, oeste da Bahia, também no Tocantins, principalmente na parte leste, é umidade muito baixa e umidades abaixo de 30%, pegando praticamente toda a região Nordeste, região Sudeste, quando a gente olha o norte e o oeste de Minas Gerais, e também agrega um pouquinho para São Paulo”, aponta.
Na região Nordeste, o tempo segue com variação de nebulosidade e chuvas passageiras em toda a filete litorânea, mas, principalmente, no litoral pernambucano e paraibano no percurso da semana. Nas demais áreas, porquê no Matopiba (superfície que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no interno da região, a previsão é de tempo quente e com baixa umidade.
Nas regiões Núcleo-Oeste e Sudeste, há previsão de tempo quente e sedento em praticamente toda a semana. “Calor e umidade devem proporcionar umas pancadas de chuva isoladas, atingindo Tocantins, Goiás, Região Federalista, não se descarta, mas ainda assim de forma muito isolada, porque prevelace o calor.”
Chegada da primavera
De contrato com a meteorologista do Inmet Andrea Ramos, a semana fecha quente e seca em boa segmento do país. “Isso aí já é praticamente o último dia do inverno, e a chegada da primavera”, ressalta.
As chuvas permanecem mais localizadas na filete litorânea. No interno, prevalece temperatura chegando até 40 graus e a umidade ficando até aquém de 20%. Andrea Ramos diz que o Núcleo-Oeste também não fica muito dissemelhante, principalmente no nordeste, de Mato Grosso, setentrião de Goiás. Sudeste também: “Quando a gente olha o norte de Minas Gerais e oeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul também vai ficar quente, seco”, analisa.
Segundo a meteorologista do Inmet, porquê é o período de transição do inverno para a primavera, se houver umidade com calor, pode possuir nebulosidade e formar chuvas em forma de pancadas. “Não se descarta na parte central do país, mas o que vai prevalecer durante a semana é o calor. Volta a última semana do inverno muito quente e seca principalmente do centro ao norte do país”, observa.