O Dia dos Pais é a primeira data do varejo no segundo semestre e inaugura o período com uma expectativa positiva quanto às compras tanto de consumidores quanto das lojas. A julgar pela pesquisa realizada pelo Reclame AQUI, este ano a intenção de compra é maior em comparação com 2023, e os consumidores estão se antecipando para não deixar o presente para a última hora.
Embora 50% dos consumidores tenham afirmado que não irão comprar presente (em 2023 esse indicador foi de 77%), este ano 28% confirmaram que planejam comprar na data, representando uma significativa parcela e mantendo o Dia dos Pais como uma época relevante para o comércio, enquanto 22% dos consumidores ainda estão indecisos, e precisam ser conquistados pelos varejistas. E mais: nada de última hora; 68% dos consumidores que vão às compras devem buscar o presente do Dia dos Pais entre 30 e 15 dias antes da data.
A pesquisa do Reclame AQUI teve a participação de 1,5 mil consumidores entre os dias 01 e 06 de julho, e foi aplicada no site.
Intenção de compra alta, porém, ticket baixo
Agora, quando o assunto é valor do presente, os índices se mostraram muito parecidos com o que vimos em 2023, consumidores contidos nos gastos: cerca de 87% vão investir até R$300 no presente, sendo que entre estes, 46% não vão ultrapassar os R$100.
E nota-se uma queda na pretensão a presentes de alto valor em relação ao ano passado. Apenas uma pequena parcela está disposta a fazer gastos mais altos: 10% pretendem gastar entre R$300 e R$500 e 2% querem investir mais de R$1.000. Tudo indica que o que vale é a lembrança da data, sem deixar que isso interfira nos compromissos financeiros do mês.
Para o CEO e Cofundador do Reclame AQUI, Edu Neves, até agora, no cenário do primeiro semestre, a questão “preço” ainda não abalou a confiança dos consumidores, tanto é que vão comprar algum presente no Dia dos Pais. E do início do ano até agora, analisa Neves, o que se vê é que o consumo está voltado a questões de uso pessoal, que é o caso de moda, beleza e serviços, e muito menos a bens duráveis e compromissos de longo prazo.
“Do lado do varejo, percebemos que existe um aquecimento em alguns segmentos, como moda e o de serviços, como bares e restaurantes, alimentação em geral. Por outro lado, podemos começar a prever, e vamos confirmar a partir das pesquisas que vão se desenrolar no segundo semestre, no Reclame AQUI, que os consumidores já estão sentindo, um pouco, no bolso, a pressão de preços”.
Assim como o Dia das Mães, roupas e calçados novamente lideraram as preferências, com 30% da intenção de compra dos respondentes para este Dia dos Pais. Isso porque a categoria tem assumido a liderança em praticamente todas as pesquisas de intenção de compra no varejo aplicadas pelo Reclame AQUI em 2024. Em segundo lugar, os perfumes e cosméticos são os itens mais procurados pelo público (18%), enquanto os itens esportivos têm 15% da preferência dos pesquisados para presentear neste Dia dos Pais.
Cerca de 53% dos consumidores, na pesquisa, indicaram que vão comprar em lojas físicas e 45% em lojas online. Nesse sentido, as orientações do Reclame AQUI são ficar de olho nos prazos de entrega no caso das compras online, pesquisar a reputação das lojas no Reclame AQUI em qualquer circunstância, ler reviews de outros consumidores sobre suas experiências de compra em qualquer loja e ficar atento às políticas de troca e formas de pagamento.
Além disso, dicas que valem para as compras em qualquer canal: desconfie de produtos muito baratos com preços praticados abaixo do que é comum no mercado. Se receber ofertas online (e-mail, WhatsApp, redes sociais…) pense antes de clicar em links desconhecidos ou com erros gramaticais e que sejam suspeitos, são indícios de golpes, confira as lojas oficiais. E peça sempre a nota fiscal da compra.
Falando nisso, o pagamento à vista lidera entre os consumidores pesquisados: o PIX (24%) sai na frente, seguido do parcelamento no cartão de crédito (21%)e à vista no débito (17%). Para Neves, existe uma certa ambivalência dos consumidores: “querem comprar mais do que no ano passado, porém a realidade é: comprar itens mais baratos. É o momento de a gente observar como isso vai se desenrolar, o quanto vai se cumprir essa vontade de consumir e como os próximos meses serão na vida das pessoas, até Black Friday e Natal”.
E complementa: “Se começar a surgir algum tipo de pressão inflacionária, se começar alguma retração de crédito, a gente pode ter um fim de ano muito ruim. Porém, se essa estabilidade de agora se mantiver, provavelmente os consumidores irão seguir comprando, mas acredito que bens duráveis e de maior valor são segmentos que ainda vão sofrer este ano, como linha branca, eletrônicos, a troca de smartphones, computadores…”, finaliza o CEO do Reclame AQUI.
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LEANDRO ANTONIO FERRARI ANDRADE
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