A semana começa com alerta para chuvas intensas no litoral da região Sul e Sudeste, sul do Rio de Janeiro e sudeste de Minas Gerais, devido a formação de centro de baixa pressão entre o litoral da região Sul e Sudeste, durante a madrugada de segunda-feira (11). Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, aponta que, apesar de restar uma frente no Atlântico, ela traz chuvas mais intensas no norte do Rio de Janeiro e em praticamente todo o Espírito Santo.
“Na faixa litorânea da região Nordeste, a alta influenciando e provocando o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e com isso, na faixa litorânea você tem essa possibilidade de chuva, mas com volumes não muito significativos”, avalia.
No interior da região Nordeste, a atuação do VCAN impede a formação de nuvens de chuva, resultando em pouca nebulosidade e altas temperaturas, que podem chegar a 40°C no leste do Piauí, oeste de Pernambuco, norte e oeste da Bahia, além do norte de Minas Gerais.
No Centro-Oeste e Norte, o calor e umidade favorecem volumes significativos de chuva, com exceção de Roraima, onde há apenas possibilidade de chuva. A meteorologista explica que na região Norte, os volumes mais significativos ocorrem no noroeste do Amazonas, Rondônia, centro sul do Pará e Tocantins.
TERÇA
Na terça-feira (12), os volumes de chuva se mantêm no oeste do país devido ao calor e a umidade, com destaque para o sul de Goiás, sul de Mato Grosso, boa parte de Mato Grosso do Sul.
“Na região Sul segue com essa tendência de nebulosidade variando, mas com chances de chuva mais no oeste do Rio Grande do Sul, norte do Paraná, e também naquela faixa litorânea entre Paraná e Santa Catarina”, explica.
Na terça, as chuvas em São Paulo começam a diminuir e a região Nordeste continua sem previsão de chuvas.
QUARTA
Quarta-feira (13), o centro de baixa pressão volta a se formar na região Sul, que proporciona uma frente fria com linhas de instabilidade com possibilidade de queda de granizo, principalmente no sul do Rio Grande do Sul.
“Então bastante atenção que volta a chover ao longo da quarta-feira, com volumes significativos, acima de 60mm e 80mm em praticamente todos os estados da região, sul do Mato Grosso do Sul e sudoeste de São Paulo”, alerta a meteorologista.
A frente que se formou na segunda-feira (11), mesmo que continue no oceano, provoca chuvas isoladas no leste, centro e oeste de São Paulo, Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo.
Em relação à região Nordeste e norte e centro de Minas Gerais, não há previsão de chuva, apenas na possibilidade de chuva isolada no Maranhão e oeste do Piauí.
No Nordeste e Centro-Oeste, o calor e a umidade continuam provocando chuvas isoladas, mas com volumes significativos no Amazonas, Pará e Rondônia.
QUINTA
Na quinta-feira (14), as chuvas persistem ao longo do dia na região Sul, Norte e Centro-Oeste, porém no Sudeste, as chuvas começam a diminuir, o tempo fica mais aberto, as temperaturas no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo voltam a subir, mas ainda com possibilidade de chuva.
O Nordeste continua sem previsão de chuva e com temperaturas elevadas.
SEXTA
Na sexta-feira (15), os volumes de chuva voltam a aumentar em São Paulo e no leste das regiões Sul e Sudeste.
No Norte e Centro-Oeste do país, as chuvas se concentram mais no Amazonas e no noroeste do Mato Grosso.
Região Nordeste prevalece com poucas nuvens e altas temperaturas.
Crise climática
De acordo com uma pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), solicitada pelo Instituto Pólis e com apoio do Instituto Clima e Sociedade, a maioria da população brasileira está percebendo os impactos adversos das mudanças climáticas e os relaciona com os combustíveis fósseis.
O estudo foi feito entre 22 e 26 de julho de 2023, com mais de duas mil pessoas acima de 16 anos em 123 municípios, com um nível de confiança de 95% e margem de erro de 2 pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, 7 em cada 10 brasileiros já vivenciaram eventos extremos ligados às mudanças climáticas, correspondendo a mais de 118 milhões de pessoas acima de 16 anos. A preocupação com a ocorrência de novos eventos extremos é alta, com 98% das pessoas expressando preocupação.
Há variação regional e social na percepção dos riscos climáticos. Por exemplo, ciclones e tempestades de vento são uma preocupação maior no Sul, enquanto alagamentos e inundações preocupam mais a população das classes D/E do que pessoas de classe A/B.
Em termos de energia, há uma baixa aceitação dos combustíveis fósseis, com apenas 1% dos entrevistados apoiando o investimento prioritário em carvão mineral, e 4% em petróleo e gás. A 86% defendem que os investimentos governamentais devem priorizar fontes renováveis, como energia solar, hídrica, eólica e biomassa.