Os registros de estupros e estupros de vulnerável no estado de São Paulo caíram 10,8% em fevereiro deste ano, na comparação com igual período de 2023. Foram 995 notificações ante 1.110 mil ocorrências, registrando a primeira queda dos últimos sete meses para essa modalidade de crime, que é um dos mais subnotificados do país.
Ao considerar o primeiro bimestre do ano, os estupros também sofreram queda, com 76 casos a menos na comparação com o ano anterior. Foram 2.267 em janeiro e fevereiro de 2023 contra 2.191 em igual período deste ano, redução de -3,4%.
Conforme o balanço da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Governo de SP, os índices de estupros caíram também na capital paulista, na região metropolitana e no interior do estado durante o mês.
Na cidade de São Paulo, os casos passaram de 263 para 220 no comparativo, ou seja, 16,3% a menos. Na Grande São Paulo, a queda foi maior, chegando a 20,2%, de 213 para 170. No interior do estado, foram 605 ocorrências em fevereiro, 29 casos a menos do que no mesmo mês de 2023.
Na avaliação da SSP, a queda no indicador representa um importante avanço, apesar de ser um crime ainda subnotificado. Contudo, o papel do estado é fortalecer a confiança das vítimas nos órgãos públicos para encorajar que denunciem os agressores, por isso, há uma rede de apoio extensa para acolher as vítimas e investigar os suspeitos.
“Estamos investindo ainda mais em tecnologia, com monitoramento de agressores e na ampliação das equipes especializadas das Delegacias de Defesa da Mulher para dar todo o suporte às vítimas”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “Não queremos que esses crimes aconteçam. Mas, uma vez registrados, nosso dever é fornecer uma resposta rápida e eficaz à sociedade para identificar e colocar esses criminosos atrás das grades. No estado de São Paulo, agressores de mulheres não ficarão impunes.”
Ampliação do atendimento à mulher
A gestão estadual tem promovido uma série de ações para conscientizar sobre a importância dos registros e do acolhimento às vítimas de estupros e de violência doméstica ou familiar. Neste mês de março, lançou um novo aplicativo, o SP Mulher, que reúne o botão do pânico, para acionar o socorro imediato, o monitoramento de tornozelados e a confecção do boletim de ocorrência.
Fora isso, 62 novas Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) com atendimento remoto em plantões policiais de todo o estado foram inauguradas em 8 de março, ampliando o serviço especializado. A SSP também publicou edital para contratação de mil tornozeleiras eletrônicas, expandindo o serviço de monitoramento, em especial, visando os agressores de mulheres, conforme entendimento da Justiça.
Para auxiliar no suporte às vítimas, o estado de São Paulo conta com 140 DDMs e 141 salas on-line da delegacia com atendimento remoto com equipe especializada. Até o final do ano, é previsto a inauguração de mais sete delegacias nas macrorregiões do estado.
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Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br