O estado de São Paulo vem registrando um aumento nos casos de coqueluche, também conhecida como a doença da tosse comprida. Segundo a Secretaria de Estado, foram notificados 139 casos entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período do ano passado, foram registrados 16 casos, um crescimento de 768,7%.
A baixa cobertura vacinal pode contribuir para o aumento da doença. Em nota técnica, o Ministério da Saúde recomendou intensificar a campanha de vacinação contra a coqueluche no país e solicitou que estados e municípios fortaleçam as ações de vigilância epidemiológica para os casos da doença.
“A vacina é o principal meio de prevenção contra a coqueluche. A primeira dose da vacina pentavalente, que é indicada para prevenir doenças como difteria, tétano, coqueluche, influenza tipo B e hepatite B, deve ser aplicada em bebês a partir dos 2 meses. A segunda dose deve ser aplicada aos 4 meses e a terceira aos 6 meses, seguidas das doses de reforço DTPa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, aos 15 meses e aos 4 anos, além de reforços em idosos e adultos a cada 10 anos”, explica o infectologista da Santa Casa de Bragança Paulista, Dr. Fellipe Godoy.
A última crise epidemiológica de coqueluche que o Brasil enfrentou foi em 2014, quando foram registrados 8.614 casos da doença. Dados do ministério mostram que, entre 2016 e 2023, as coberturas vacinais contra a coqueluche se mantiveram abaixo dos 95% recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Entre os casos confirmados de coqueluche de 2019 a 2023, 31,9% estavam com situação vacinal ignorada ou em branco; 1,6% tinham dados classificados como não válidos em relação ao número de doses informadas para a faixa etária; e 11,2% eram menores de 2 meses, ou seja, abaixo da idade para receber a primeira dose da vacina. Além desses, 20,9% não eram vacinados; 23,3% haviam recebido uma dose; 11,8% haviam recebido duas doses e 18,1% haviam recebido três doses, mas não haviam recebido o reforço.
Sintomas e Tratamentos
“Conhecida como doença da tosse comprida, a coqueluche é uma infecção respiratória causada por uma bactéria, podendo atingir a traqueia e os brônquios. Sua transmissão pode ocorrer pelo contato direto com uma pessoa contaminada, afetando principalmente crianças menores de 6 meses”, explica o infectologista.
Os primeiros sintomas se apresentam de 5 a 10 dias após a infecção, semelhantes a um resfriado comum, com mal-estar, tosse seca, corrimento nasal e febre baixa, podendo evoluir com uma piora desses sintomas, principalmente na tosse seca. No estágio mais severo, a tosse tende a piorar ainda mais, podendo comprometer a respiração, provocar vômitos e causar cansaço extremo.
“O tratamento é feito por meio de antibióticos conforme prescrição médica. É muito importante que, com o aparecimento dos primeiros sintomas, se busque uma unidade de pronto atendimento, além de sempre manter o calendário vacinal em dia”, declara Godoy.
Sobre o Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista
O Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista é um hospital filantrópico secundário de acolhimento e referência as baixas e médias complexidades, com atendimento a cidade de Bragança Paulista e a chamada “microrregião bragantina” da DRS7 Campinas – SES SP.
Esta microrregião compreende as cidades de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro, Tuiuti e Vargem (Com abrangência de 520 mil habitantes – IBGE 2022).
A unidade de saúde conta com 1.350 colaboradores diretos e cerca de 350 médicos, além de diversos profissionais autônomos como fisioterapeutas e fonoaudiólogos. A entidade conta no momento, com 148 leitos, 66 deles destinados ao SUS.
Atendendo a demanda SUS em 2023 foram produzidos mais de 1 milhão de atendimentos nas diversas áreas do hospital, sendo 2.886 cirurgias, 933 partos e aproximadamente 1 milhão de atendimentos de urgência, emergência, ambulatorial, exames e terapias.
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ISABELLA OSTOLIN RODRIGUES DOMINGOS
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