Junho é marcado pelas tradicionais festas juninas, que reúne muita alegria, festejos, comidas, bebidas e diversão. No entanto, o Ministério da Saúde e outras autoridades da área lembram que o ambiente pode propiciar ocorrências de queimaduras com exposição a líquidos quentes, contato com a chama das fogueiras e acidentes com fogos de artifício. É justamente por causa das festas juninas que surgiu a campanha Junho Laranja, dedicada à conscientização sobre queimaduras
A Santa Casa de São José dos Campos, referência neste tipo de tratamento no Vale do Paraíba, registrou em 2023 cerca de 3.754 atendimentos por queimaduras, um aumento de 42% em comparação com 2022, quando foram registrados 2.651 atendimentos. Até abril deste ano, a Santa Casa atendeu 1.331 pacientes na UTQ
Cerca de 1 milhão de pessoas sofrem algum tipo de acidente envolvendo queimaduras por ano no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, as queimaduras provocaram 19.772 mortes entre os anos de 2015 e 2020.
As causas de queimaduras durante as festas juninas são variadas. As fogueiras e fogos de artifício são elementos típicos dessas celebrações, mas seu manuseio inadequado pode levar a acidentes graves. O contato com líquidos quentes, como bebidas e alimentos típicos preparados no local, também representa um risco significativo. O público que mais se arrisca são as crianças e os adolescentes, que frequentemente participam das festividades e muitas vezes não têm plena noção dos perigos envolvidos.
Para evitar acidentes, é recomendável manter uma distância segura de fogueiras e fogos de artifício, supervisionar constantemente as crianças durante as festividades, evitar o uso de fogos de artifício caseiros e sempre optar por produtos certificados. Além disso, é fundamental não deixar líquidos quentes ao alcance das crianças.
Em caso de queimaduras, as orientações são claras: resfriar a área queimada imediatamente com água corrente fria por pelo menos 10 minutos, não aplicar substâncias caseiras como manteiga, pasta de dentes ou óleo na queimadura, cobrir a área com um pano limpo ou gaze, sem apertar, e procurar atendimento médico o mais rápido possível, especialmente se a queimadura for extensa ou em áreas sensíveis como rosto, mãos e genitais. O tratamento de queimaduras deve ser realizado por profissionais de saúde. O acompanhamento médico é fundamental para prevenir infecções e garantir a correta cicatrização da pele.
Coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) da Santa Casa de São José dos Campos, o Dr. Márcio Fontoura ressalta a importância da prevenção e do atendimento rápido. “Durante as festas juninas, vemos um aumento significativo nos casos de queimaduras, muitas vezes causadas por descuido com fogueiras, fogos de artifício e principalmente ao manusear líquidos quentes. A prevenção é essencial. Em caso de acidente, é crucial que a vítima receba atendimento médico adequado imediatamente para evitar complicações graves,” afirma.
Ele acrescenta que “as queimaduras podem variar de leves a extremamente graves, dependendo da profundidade e da extensão da lesão. As mais severas podem causar danos permanentes à pele e aos tecidos subjacentes, levando a cicatrizes, perda de função e até mesmo risco de vida.”
O especialista também destaca que as queimaduras não afetam apenas a pele, mas também podem causar problemas sistêmicos, como choque e infecções. É por isso que o tratamento imediato e adequado é tão crucial. Ele aconselha que, além dos primeiros socorros, “é importante seguir todas as orientações médicas durante o período de recuperação para minimizar o risco de complicações e promover a melhor cicatrização possível”.
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ISABELLA OSTOLIN RODRIGUES DOMINGOS
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