Tumor maligno primário do osso mais incidente na faixa etária pediátrica, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o osteossarcoma corresponde de 3% a 5% de todas as neoplasias na população infantojuvenil. Ele é mais frequente no sexo masculino, na segunda década de vida (adolescência) e acomete principalmente ossos longos, como fêmures, tíbias e úmero. Neste Julho Amarelo, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça o alerta quanto aos sinais de alerta para tumores ósseos.
A maioria das neoplasias ósseas se manifesta com dor de intensidade crescente e que não melhora com analgésicos comuns (sintoma mais comum), inchaço e aumento do volume dos tecidos adjacentes (partes moles) aos ossos. Esse quadro pode ser confundido com alguma queda, batida, ou seja, algum trauma. Assim, os pais devem estar atentos a qualquer tipo de queixa feita por seus filhos, afirma o oncologista pediátrico e presidente da SOBOPE, Dr. Neviçolino Pereira de Carvalho Filho.
“A rede de apoio da criança ou adolescente precisa dar atenção a qualquer mudança e ouvir atentamente as queixas que apresentarem. É fundamental não desprezar os primeiros sinais iniciais do câncer, acolher as reclamações, especialmente as mais constantes, manter um acompanhamento médico regular e buscar um especialista para avaliar qualquer anormalidade”, orienta o médico.
Fatores genéticos podem aumentar o risco de osteossarcoma. Pessoas com retinoblastoma hereditário ou outras síndromes de predisposição a câncer (por exemplo: Síndrome De Li-Fraumeni) apresentam maior risco. Para diagnosticar o osteossarcoma, são avaliados, entre outros dados, as condições gerais de saúde, exame físico, exames de imagem e laboratoriais. A radiografia simples é o exame de imagem inicial à suspeita do diagnóstico.
O especialista explica que, além da maior probabilidade de um desfecho positivo quando o diagnóstico ocorre de forma precoce, o tratamento das neoplasias ósseas em pacientes com tumores localizados tem boa chance de cura com grande probabilidade de preservação do membro afetado. O primeiro passo para a cura é a detecção do câncer o mais breve possível”, finaliza o presidente da SOBOPE.
Sintomas comuns do osteossarcoma:
Dores nos ossos ou articulações
Edema ou protuberância sobre um osso
Dificuldades ao andar (coxear)
Piora da dor ao longo do tempo
Fraturas patológicas (ou seja, que acontecem frente a trauma pequenos ou espontaneamente em osso comprometido pelo tumor)
Inchaço e aumento dos tecidos moles adjacentes (em torno) aos ossos
Sobre a SOBOPE
Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento relacionado ao câncer infanto-juvenil e seu tratamento para todas as regiões do País, além de uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros.
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NADJA CRISTINA CORTES PENTEADO
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