Nessa última semana algo me chamou a atenção.
Muitos já diziam que, na eventual vitória de Donald Trump, o dólar iria se valorizar. E, se Kamala Harris ganhasse, a moeda norte-americana iria se desvalorizar, logicamente, frente ao real.
Eu não concordava e não enxergava premissas claras para essa dinâmica.
Na manhã seguinte pós-eleição aqui nos EUA, já com a confirmação da vitória de Trump, nossa tropa de influenciadores financeiros, que nunca foram, de fato, do mercado, começou a postar que o dólar estava acima de R$ 6. Isso em poucos minutos de mercado aberto.
Não sei dizer se alguém postou e no modelo “efeito manada” todos foram copiando. Só sei que, para profissionais de mercado, como eu, era notório que aquilo não tinha nem pé, nem cabeça.
Como o real teria se depreciado mais de R$ 0,30 em minutos? Não era crível. Não fazia sentido.
Essa falta de percepção mostra que muitos (não todos) que atuam como influenciadores financeiros, no fundo, não são do ramo. Seria como eu virar influenciador fitness só porque gosto de puxar ferro.
A verdade é que o Google, por alguma razão, falhou na busca por informação, e apresentou, naquele momento, essa informação imprecisa.
Mas qualquer um com o mínimo de preparo, iria: 1, perceber que não fazia sentido; 2, iria validar a informação em alguma fonte segura, já que o Google é apenas um buscador.
Acabou que nada procedia e o dólar estava, na verdade, até caindo.
Mas a moral da história é que não parecia absurda aquela informação, pois faz décadas que o dólar apenas se aprecia frente ao real, e essa dinâmica, infelizmente, não irá mudar tão cedo.
Sendo assim, é certeza que o dólar chegará a R$ 10. A pergunta é quando.
Considerando principalmente dois aspectos que são a possível taxa de crescimento, e a possível inflação nos dois mercados, isso pode ocorrer em uma janela de 5 a 9 anos.
Sei que é uma janela ampla, grande, cheia de variáveis, mas o importante é que a chance de o inverso acontecer, neste momento, é nula.
Então por que alguém ainda não considera a possibilidade de investir em moeda forte aqui nos EUA?
Essa pergunta demandaria algumas páginas. Mas acredito que, para os mais escolarizados, será uma questão de tempo, enquanto que para outra parcela da população isso nunca irá ocorrer.
Para os mais esclarecidos, o que ainda os freia são em boa parte vieses, desinformação e sentimentos irracionais como;
O dinheiro não estará facilmente ao meu alcance, já que não estará no Itaú ou no Bradesco (o que não faz o menor sentido)
Prefiro investir no Brasil pois me sinto mais seguro por conhecer melhor as alternativas e opções (será que você conhece mesmo, pois se realmente tiver conhecimento nas classes de ativos, iria naturalmente querer ir para outros mercados)
Para não mencionar outros.
O fato, porém, é que, além da possível desvalorização do real frente ao dólar, os ativos sediados nos EUA, em sua grande maioria, espancam os ativos no Brasil por anos. Além de maior liquidez, mais opção, entre outros pontos.
Desta forma, resolvi escrever sobre esse tema para realmente ser mais um a te encorajar a investir em dólar.
De forma prática, basta abrir uma conta em uma corretora americana e transferir os recursos. Não tem investimento mínimo, e você pode começar a se familiarizar.
Quanto à possível carteira, você terá que inevitavelmente estudar, ou encontrar um bom advisor para lhe auxiliar. Obs.: como é difícil encontrar um bom advisor!
Não deixem de me seguir no Instagram @brunocorano e fiquem à vontade para nos acionar por meio do e-mail: contato@coranocapital.com
*Bruno Corano é empresário, investidor, economista formado pela UPENN – Universidade da Pennsylvania, sócio controlador da Corano Capital NYC, maior gestora privada brasileira nos EUA.
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NEIDE LIMA MARTINGO PEREIRA
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