Na última semana de julho, no dia 25, uma das maiores artistas do nosso país nos deixou com muita saudade, mas, ao mesmo tempo, ela nos mostrou sua garra, experiência, ensinou sabedoria e, principalmente, colocou a voz da mulher em primeiro lugar.
Professora, artista plástica, cenógrafa, figurinista… Rosa Magalhães foi, e sempre será, um exemplo na luta feminina, na perseverança e na representatividade em todas as metas e conquistas que almejava e alcançava.
Desde antes do Sambódromo, a carioca já era uma lenda carnavalesca, sendo campeã pela primeira vez em 1982. Doze anos depois, sua segunda vitória se consagrou em 1994, seguida por outra em 1995 A sequência continua por três anos consecutivos em 1999, 2000, 2001 e, finalmente, sua última conquista foi em 2013.
Devido à sua impecável trajetória, Rosa recebeu inúmeros títulos e homenagens durante sua carreira.
Rosa Magalhães: vencedora imbatível
Sete vezes campeã da Sapucaí em mais de 50 anos de carreira, Rosa Magalhães é uma das poucas brasileiras a receber um prêmio estadunidense, o Emmy, na categoria figurino, devido ao seu trabalho na cerimônia de abertura do Pan-Americano em 2007.
O respeito e empoderamento a levaram a ser responsável pela cerimônia de encerramento das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016.
Sua grandiosidade e genialidade a fizeram ser homenageada diversas vezes, desde um longa-metragem que conta sua trajetória até ter seu nome no barracão da Imperatriz Leopoldinense.
Rosa e as suas homenagens
Após o falecimento de Rosa, a cidade onde ela mais ganhou títulos, a Imperatriz Leopoldinense, anunciou um novo nome para o seu barracão na Cidade do Samba: Rosa Magalhães.
“Rosa – A Narradora de outros Brasis”
O documentário dirigido pelo jornalista Valmir Moratelli e o cineasta Libário Nogueira, lançado em 2023, já conta com três prêmios conquistados.
‘‘Rosa – A Narradora de outros Brasis’’ é um longa delicado e feito com muito carinho para a carioca, onde ela mesma revelou o seu último trabalho desenvolvido na escola de samba Paraíso do Tuiuti.
A produção reflete sobre os seus principais desfiles, discutindo sobre o papel da mulher dentro de um espaço tão dominado pelos homens, mostrando sua força, empoderamento e um talento fora do comum.
O começo do mês de agosto foi marcado por quatro dias do primeiro Festival Internacional de Cinema de Paraty, que ocorreu entre os dias 01 a 04. No último dia, na tarde de domingo, contou com uma homenagem a Rosa Magalhães, onde o longa recebeu o seu terceiro prêmio, o Troféu Hors Concours.
Rosa Magalhães encantou o público e a crítica com desfiles memoráveis. Sua sofisticação, comprometimento excepcional e, especialmente, a brasilidade em suas histórias deixaram uma marca indelével. Ela é e sempre será um ícone para todos os entusiastas do espetáculo que também ajudou a moldar.
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CAMILA ALEXANDRE MATEIRO
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