O programa de incentivos fiscais RioComex, voltado para operações de comércio exterior no estado do Rio de Janeiro, deve gerar cinco mil empregos até o fim do ano. A estimativa foi apresentada por Roberto Chevallier, superintendente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), durante o Fórum Massy Comexlog, realizado nos dias 3 e 4 de outubro, na capital fluminense.
Chevallier destacou que, até agora, foram registrados cerca de 150 pedidos de empresas interessadas nos benefícios fiscais, com um impacto econômico que deve superar R$ 1 bilhão. “Essas iniciativas estão transformando o Rio em um polo logístico mais competitivo, atraindo investimentos e criando empregos. É uma ação de extrema importância econõmica”, afirmou.
Além de Chevallier, o fórum contou com a presença de outras autoridades e especialistas do setor. O secretário de Fazenda do Estado, Leonardo Lobo, enfatizou o papel da infraestrutura do Rio de Janeiro como diferencial para o desenvolvimento logístico. “O Rio é o único estado com três grandes portos, e ainda temos espaço para expandir mais”, afirmou. Segundo ele, a parceria entre governo e setor privado tem sido essencial para impulsionar a economia. Lobo também mencionou os avanços tecnológicos na gestão fiscal do estado e projetou um superávit em caixa de R$ 29 bilhões até o final do ano.
No evento, Tony Barbeito, presidente da AcomexRio (Associação dos importadores e intervenientes em comércio exterior do estado do Rio de Janeiro), destacou a importância do RioComex para as operações de importação, explicando que o regime permite o diferimento do ICMS no momento de saída da mercadoria, gerando alívio no fluxo de caixa das empresas. A associação foi uma das entidades idealizadoras do benefício. “No Rio de Janeiro, geramos um recolhimento efetivo de 1.39%, um percentual vantajoso em relação a outros estados que também concedem esse tipo de benefício. É uma medida que ajuda o importador a ganhar fôlego e também contribui para a economia do estado, atraindo novas empresas e operações”, explicou Barbeito.
Também presente na mesa de debate, Filipe Coelho, presidente do Sindicarga RJ, ressaltou que o Rio de Janeiro tem potencial para ser um hub logístico estratégico no Brasil, abrangendo não apenas a região sudeste, mas também áreas como o centro-oeste e parte do nordeste que não possuem suporte de portos locais, além de competir diretamente com São Paulo. “Estamos ao lado de São Paulo, mas enfrentamos menos gargalos logísticos e estamos prontos para crescer mais e proporcionar uma alternativa mais funcional ao comércio exterior, com uma infraestrutura completa de modais”, disse. Coelho acredita que o Rio está em recuperação após uma queda nas movimentações portuárias e vê no RioComex um catalisador para esse processo.
O Rio de Janeiro conta hoje com incentivos fiscais como a Lei 9025, conhecida como RioComex, e o decreto 47.681, Rio Importa Mais. Empresas interessadas em obter os benefícios devem entrar em contato com a Codin e submeter os documentos necessários para análise e aprovação. Mais informações em: www.codin.rj.gov.br/incentivos
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ALINE PORFIRIO RIBEIRO
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