Nas fases iniciais da indústria e do surgimento de empresas, a presença de mulheres envolvidas nesses espaços era completamente impensável. Durante os primeiros passos dessa revolução na sociedade, assim como em outros aspectos, os homens eram os únicos presentes nas salas de negociações e debates sobre o futuro daquilo que mudaria as décadas e séculos seguintes, no planeta inteiro.
Mesmo com os avanços, e após várias lutas por mais direitos feitas pelas mulheres, seu espaço ainda era delimitado e as deixavam fora das grandes empresas e instituições. Mesmo no século XX, ainda foram necessárias lutas pela possibilidade de terem direito ao ensino superior.
Porém, como era de se esperar, por mais que as proibições e preconceitos existissem, o tempo das mulheres estarem fora desses espaços chegaria ao fim, como, de fato, chegou. Mesmo que a passos lentos, elas foram obtendo seu devido lugar e respeito dos demais e se colocando como peça importante nos negócios, seja como empreendedoras, seja como clientes, liderando setores e se mostrando importante em outros.
Um dos principais exemplos, no Brasil, é a empresária Cristina Boner. Tendo estudado computação ainda quando era uma área embrionária, ela apostou no sucesso da, hoje, gigante Microsoft, ao vê-la chegando ao País e se tornando empresa preferencial nessa seara pelo próprio governo federal.
Ao tentar chamar a atenção de Bill Gates, e conseguir, Cristina viu sua caminhada como empresária de tecnologia alavancar de forma a criar diversas ramificações de seu grupo empresarial inicial. Hoje, com segmentos que cuidam de tecnologia a educação, ela se coloca, há anos, como um dos principais nomes, seja do ramo, seja das mulheres envolvidas com negócios e empresas.
Como mencionado, as mulheres também ganharam cada vez mais importância e atenção quando são vistas no lado consumidor. Nesse aspecto, sua necessidade para fazer o mercado lucrar já é vista há mais tempo. Porém, os produtos de tecnologia e de espaços digitais também se moldaram às suas necessidades e passaram a aceitar e funcionar mais para as mulheres, tendo, até mesmo, gerado espaços específicos a elas. Devido aos perigos existentes, por exemplo, muitos aplicativos de transporte já utilizam formas de mais proteção, como o acompanhamento das viagens por meio de GPS, e de mais sentimento de segurança, como motoristas mulheres para passageiras mulheres.
Entretanto, dificuldades ainda existem. Como aponta Cristina, “O preconceito não desaparece com um app de meditação, e a igualdade salarial não vem com a próxima atualização do Windows. Além disso, o mercado é uma montanha-russa, tem dia que está lá em cima, tem dia que despenca. Por isso, as empreendedoras digitais têm que ser meio ninjas: super preparadas, com movimentos espertos e um olho no prêmio”. Segundo ela, as facilidades e possibilidades não extinguem os maus-tratos existentes meramente pelo gênero. Nesse aspecto, ainda há muito o que melhorar.
Mesmo assim, isso não pode ser motivo para desânimo. Por mais que não sejam todas, nem seja algo certo, há sempre a possibilidade de crescimento real e de vitória no mundo dos negócios. “Olha só o que tá acontecendo: cada vez mais mulheres estão liderando startups, criando apps, transformando hobbies em negócios lucrativos. Elas estão mostrando que, com as ferramentas certas, dá pra ir longe. E não é só uma questão de ganhar dinheiro, não. É sobre fazer a diferença, trazer um impacto positivo, sabe? É aquela história de deixar a marca no mundo”, explica a empresária.
Portanto, a luta, por mais que seja extremamente difícil, ainda é possível enxergar espaço para a inserção e crescimento das mulheres no mundo corporativo. Infelizmente, a luta ainda esbarra em muito preconceito, fazendo a luta ainda ser lenta, como no início, mas não deve ser vista como motivo para desistência.
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