O Espírito Santo vai sediar, em breve, o 11º Polo de Agricultura Irrigada do Brasil. A região escolhida é o extremo norte do estado. A perspectiva é que cerca de 30 municípios sejam beneficiados com a iniciativa, que integra a Política Nacional de Irrigação (PNI). Nesta semana, representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do governo do estado e de produtores rurais e irrigantes criaram um grupo de trabalho para dar agilidade ao processo de implantação.
“Os polos são uma iniciativa voltada a apoiar e a desenvolver a produção agrícola sustentável nas regiões em que o uso da irrigação tem grande representatividade. Essa é uma forma de implementar a Política Nacional de Irrigação, a partir de um trabalho conjunto entre o MIDR, estados, municípios e as organizações dos irrigantes “, explica a diretora de Irrigação do MIDR, Larissa Rego. “Nosso papel, como Governo Federal, é dar efetividade à aplicação dos recursos financeiros, contribuindo para solucionar problemas reais e entraves enfrentados pelos produtores”, completa.
Segundo Larissa, o grupo de trabalho irá ouvir as principais demandas dos produtores rurais do norte capixaba. “Isso é imprescindível para definirmos política públicas que estejam de acordo com a realidade local”, afirma. “Estamos muito satisfeitos com a mobilização que está sendo feita no estado pelo governo e pelos irrigantes. Isso é fundamental. O MIDR está à disposição e caminhará até a concretização desse polo”, enfatizou a diretora.
O governador do Espírito Santo em exercício, Ricardo Ferraço, agradeceu a parceria do MIDR para a implantação do Polo. “Recebemos com grande entusiasmo a possibilidade dessa parceria focada na consolidação e na expansão dos nossos polos de agricultura que necessitam de irrigação. Já temos uma experiência bastante consolidada, mas, com a presença e a parceria do MIDR, por certo nós vamos conseguir evoluir, com foco, sobretudo, no atendimento às pequenas propriedades de base familiar”, afirmou.
Em outubro, o MIDR realizará uma visita técnica ao estado. O objetivo será identificar as áreas e municípios que virão a integrar o Polo. “Acreditamos que serão alcançados 31 municípios capixabas. A projeção para o Espírito Santo é de 405 mil hectares irrigados em 2040, sendo 336,8 mil na área da Sudene, representando 83% da cobertura estadual. Mais de 1 milhão de pessoas moram nessa região no Espírito Santo e, de uma forma ou outra, serão beneficiadas pelo polo, pois a predominância da economia é de agricultura, que poderá se desenvolver e gerar mais emprego e renda. O polo vai beneficiar a todos, desde os grandes empresários do agro até a agricultura familiar, pois todos coexistem de forma harmônica”, destaca o deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB), um dos articuladores da criação do Polo.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional já reconheceu, até o momento, 10 Polos de Irrigação no País. São eles:
Rio Grande do Sul
Polo de Agricultura Irrigada da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria
Polo de Irrigação Noroeste Gaúcho
Goiás
Polo de Irrigação Sustentável do Vale do Araguaia
Polo de Irrigação do Planalto Central de Goiás
Bahia
Polo de Irrigação Oeste da Bahia
Mato Grosso
Polo de Irrigação Sustentável do Sul do Mato Grosso
Polo de Agricultura Irrigada Araguaia-Xingu
Polo de Irrigação Sustentável do Médio Norte de Mato Grosso
Minas Gerais
Polo de Irrigação Sustentável do Noroeste de Minas
São Paulo
Polo de Irrigação do Sudoeste Paulista