Em um mundo que busca constantemente a inclusão e a valorização da diversidade, a forma como nos referimos às pessoas com deficiência desempenha um papel crucial na promoção da igualdade e do respeito. Nesse contexto, é fundamental compreender a relevância do termo “pessoa com deficiência” em contraposição a expressões como “deficientes”, “portador de deficiência” e “pessoas com necessidades especiais”.
A escolha da linguagem não é apenas uma questão de semântica, mas reflete uma abordagem mais profunda em relação à dignidade humana e à valorização da individualidade. Utilizar o termo “pessoa com deficiência” coloca o foco na pessoa antes da condição, reconhecendo-a como um ser único e integral, para além de suas limitações, explica Daniela Reis Frontera, idealizadora do projeto Enxergando o Futuro, que ensina braile de graça e a distância. “Esta abordagem “pessoa com deficiência” ressoa com os princípios da igualdade e contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva”, ensina.
Estudos recentes, como o realizado por Álvaro dos Santos Maciel, doutor em ciências jurídicas e sociais, sobre a evolução das terminologias relacionadas à expressão “pessoas com deficiência”, evidenciam a importância de abandonar termos que carregam estigmas e estereótipos. O estudo destaca como a adoção da terminologia não é apenas uma questão de sensibilidade linguística, mas representa a concretização da dignidade humana contemporânea. Inclusive, a terminologia “pessoa com deficiência” é o mais recente termo adotado formalmente pela legislação internacional, como por exemplo, na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD) aprovada pela ONU em 2006 e, ratificada pelo Brasil em 2008, destaca Maciel em seu estudo disponível na Internet.
O projeto Enxergando o Futuro, que ensina braile de graça e a distância, também está engajado na luta pelo uso do termo correto para se referir a pessoas com deficiência. Daniela ressalta que é função do projeto trabalhar para a conscientização da sociedade quanto à terminologia mais adequada, o que é feito nas mídias sociais e demais espaços do Enxergando o Futuro. “Chamamos a atenção para a importância da linguagem inclusiva, mas também buscamos sensibilizar as pessoas em geral para a necessidade de reconhecer e respeitar as pessoas com deficiência em sua totalidade”, completa.
OU seja, a escolha do termo pessoa com deficiência vai além de uma mera preferência linguística. “Trata-se de um passo significativo em direção à construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Ao adotarmos essa linguagem, estamos reconhecendo a individualidade, promovendo a igualdade e contribuindo para a quebra de barreiras que, por vezes, são mais linguísticas do que físicas. É hora de colocar as pessoas em primeiro lugar, independente de suas diferenças. E o termo pessoa com deficiência” é um reflexo desse compromisso”, finaliza Daniela.
Sobre o Enxergando o Futuro
O projeto social Enxergando o Futuro foi criado pela empresária Daniela Reis Frontera que, aos 23 anos, foi diagnosticada com retinose pigmentar. Com dificuldade em encontrar um profissional ou uma instituição para aprender Braille, ela criou o projeto para levar a alfabetização ao alcance de todas as pessoas com deficiência visual ou baixa visão. Atualmente, Daniela tem 10% da visão.
As aulas do projeto começaram em novembro de 2019, na cidade de Duartina (SP), com 10 alunos. Devido à pandemia e ao isolamento social para conter o novo coronavírus, o ensino migrou para uma plataforma on-line, o que gerou muita procura. Atualmente, tem alunos espalhados por todo Brasil e também no exterior.
Para saber mais sobre o projeto visite:
https://enxergandoofuturo.com.br/
https://www.youtube.com/enxergandoofuturo
https://www.linkedin.com/company/enxergando-o-futuro/
https://www.instagram.com/enxergandoofuturo/
https://www.facebook.com/projetoenxergandoofuturo
Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
U | U
U