O caso de Sherwood Liu, entenda
O cientista marinho da Flórida, Sherwood Liu, revela as táticas sombrias do Partido Comunista Chinês (PCC) e como ele utiliza sua rede global para reprimir dissidentes em território estrangeiro. Liu é um praticante do Falun Gong, e se viu no centro de um caso de espionagem quando foi revelado que um homem ligado ao Partido Comunista Chinês estava coletando informações sobre ele e outros praticantes na Flórida. Liu, que havia se estabelecido em São Petersburgo, há décadas, não imaginava que ainda seria alvo do regime chinês a um oceano de distância de seu país de origem. Embora pareça que a influência do PCC se limite à China, eventos como o que Liu vivenciou demonstram que o controle do regime vai além das fronteiras, estendendo-se a qualquer lugar onde se encontrem opositores de sua ideologia.
Fonte: South China Morning Post
O uso de espionagem, repressão e intimidação como ferramentas para calar vozes dissidentes não é exclusivo da China, como podemos ver na Venezuela, Irã e tantos outros regimes semelhantes. No entanto, as estratégias do PCC têm se mostrado particularmente eficazes e insidiosas, criando uma rede que opera “no escuro”, como Sherwood Liu descreveu. Neste artigo, você vai saber exatamente como o PCC expande sua influência globalmente, as implicações disso para a segurança internacional, e a diferença com outro grupo que carrega a mesma sigla, mas que tem um impacto diferente: o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil.
Sherwood Liu: Alvo de Espionagem na Flórida
O caso ganhou notoriedade quando Li Ping, um empregado de uma empresa internacional de tecnologia da informação, foi acusado de espionar para o governo chinês. Segundo as acusações, Ping teria compartilhado informações detalhadas sobre Liu com autoridades chinesas, incluindo seus hábitos diários e seus envolvimentos com o Falun Gong, uma prática espiritual que tem sido brutalmente reprimida pelo regime chinês desde 1999. Veja uma das acusações na imagem abaixo
Sim, o partido estava removendo os órgãos dos praticantes como punição e mercado…
Para saber mais sobre esta acusação em especifico, clique aqui…
O relato de Liu evidencia como o Partido Comunista Chinês continua a monitorar e reprimir dissidentes, mesmo fora da China. Ao longo dos anos, sofreu diversas formas de intimidação e assédio por parte de agentes chineses, incluindo tentativas de coação para que retornasse à China. Estratégia utilizada para manter o controle sobre dissidentes em qualquer parte do mundo, assim como, espionagem, intimidação e, em vários casos, violência.
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O que é o PCC na China?
O Partido Comunista Chinês (PCC), conhecido no Brasil por PCCH, é o único partido político legal na China e controla todos os aspectos do governo e da sociedade chinesa. Fundado em 1921, o partido consolidou seu poder em 1949, com a fundação da República Popular da China. Desde então, o PCC tem mantido um controle rígido sobre o país, reprimindo qualquer forma de dissidência.
A repressão ao Falun Gong é um dos exemplos mais notórios dessa política. Em 1999, o PCC lançou uma campanha de erradicação contra o Falun Gong, uma prática espiritual baseada nos princípios de veracidade, compaixão e tolerância. Milhões de praticantes foram perseguidos, presos, torturados e, em muitos casos, mortos. A repressão ao Falun Gong é parte de uma política mais ampla do PCC de suprimir qualquer movimento ou ideologia que possa desafiar seu monopólio sobre o poder na China.
O controle do PCC sobre a sociedade chinesa é absoluto. Através de uma combinação de propaganda, censura, vigilância e repressão, o partido garante que nenhuma forma de oposição possa emergir dentro do país. No entanto, o alcance do PCC não se limita às fronteiras da China. Como evidenciado pelo caso de Sherwood Liu, o partido também estende sua repressão a dissidentes no exterior, utilizando uma rede global de espionagem e intimidação.
Comparação com o PCC no Brasil
Enquanto o Partido Comunista Chinês (PCC) ou PCCH, é uma entidade política com poder absoluto sobre um dos maiores países do mundo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil é uma organização criminosa que controla grande parte do submundo do crime no país. Fundado em 1993 dentro dos presídios de São Paulo, o PCC brasileiro se expandiu rapidamente, tornando-se a facção criminosa mais poderosa do Brasil você conhece suas raizes e ligações aqui na América do Sul? Saiba mais
Como identificar um membro do PCC
No Brasil pode ser uma tarefa difícil devido à natureza descentralizada da organização, onde os membros operam em células independentes e se utilizam de uma estrutura hierárquica informal. No entanto, no contexto chinês, identificar um membro do PCC é mais direto, pois ele está inserido dentro da estrutura formal do partido que controla o governo.
A Repressão Transnacional do PCC: Uma Ameaça Global
O caso de Sherwood Liu é apenas um exemplo das táticas repressivas utilizadas pelo Partido Comunista Chinês para manter o controle sobre dissidentes em qualquer parte do mundo. A repressão transnacional do PCC é uma das mais sofisticadas e abrangentes do mundo, com agentes chineses operando em uma variedade de países para monitorar, intimidar e, em alguns casos, atacar dissidentes. Abaixo seguem algumas das frontes onde eles estão
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Onde o PCC atua?
Além da China, o partido tem estabelecido operações em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão, e várias nações europeias. Essas operações incluem desde espionagem até tentativas de coação e intimidação de dissidentes que fugiram do regime. O PCC na China vê qualquer sistema de crença ou ideologia que não esteja sob seu controle como uma ameaça, e essa visão tem levado a uma repressão sistemática de dissidentes no exterior.
Empresas ligadas ao PCC
São frequentemente utilizadas como instrumentos dessa repressão. Em muitos casos, essas empresas são utilizadas para monitorar dissidentes, coletar informações sobre suas atividades e até mesmo cooptar cidadãos locais para auxiliar em atividades de espionagem. A detecção dessas atividades é crucial para evitar a disseminação da influência do PCC na China em outros países.
B
C
China International Fund Limited
China Orient Telecommunications Satellite
China Telecommunications Broadcast Satellite Corporation
CITIC Resources Holdings Limited
Corporação de Ciência e Indústria Aeroespacial da China
CRRC Changchun Railway Vehicles
Esta lista vai até o Z…
A Influência do PCC no Brasil: Uma Comparação Relevante
O Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil tem se expandido nos últimos anos, não apenas no território nacional, mas também em outros países da América Latina e Europa. Onde o PCC atua hoje vai além das fronteiras brasileiras, com a facção estabelecendo redes de tráfico de drogas e outras atividades criminosas em países como Paraguai, Bolívia e até mesmo Portugal.
Empresas ligadas ao PCC no Brasil, embora não tenham o mesmo papel que as empresas controladas pelo Partido Comunista Chinês, também desempenham um papel crucial na manutenção das operações da facção. Essas empresas são frequentemente utilizadas para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e outras atividades criminosas, e são uma parte essencial da infraestrutura econômica da facção.
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O caso de Sherwood Liu é um lembrete perturbador do alcance global do Partido Comunista Chinês e das táticas repressivas que ele emprega para manter o controle sobre dissidentes, onde quer que estejam. A repressão transnacional do PCC, exemplificada pela perseguição ao Falun Gong e outros grupos, representa uma ameaça crescente para a segurança global e para os valores democráticos.
A comparação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil, embora revele diferenças significativas, também destaca como as organizações que compartilham a mesma sigla podem operar de maneiras que ameaçam a ordem e a segurança, tanto no contexto político quanto no criminal. A necessidade de estratégias robustas para identificar e combater as atividades do PCC na China, incluindo como identificar um membro do PCC, é mais urgente do que nunca.
A história de Liu, assim como a influência crescente do PCC no Brasil, ressalta a importância de entender e combater essas ameaças em todas as suas formas. O fortalecimento das defesas contra a repressão transnacional e o crime organizado deve ser uma prioridade para garantir a segurança e a liberdade em escala global.
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MATHEUS VARGAS MARQUES
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