Com novas medidas adotadas pela Pronaf, volume maior de recursos destinados ao Pará deve melhorar condições e ampliar o atendimento da agricultura familiar que produz alimentos básicos para atender a população.
O plano Safra 2022/2023 terá um montante de R$ 71,6 bilhões que serão destinados para o crédito rural, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Dessa quantia, cerca de R$ 5,5 bilhões serão direcionados para agricultores da região Norte. No caso do Pará, estão previstos investimentos no valor de R$ 1.631.443.450,53.
Para agilizar as operações do Pronaf, 139 agências físicas do Banco do Estado do Pará (Banpará) estarão disponíveis e a serviço da população com juros mais baixos, principalmente para os produtores de alimentos essenciais, como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite e ovos.
A inclusão de povos indígenas e quilombolas como beneficiários do Pronaf é mais uma das novas medidas adotadas.
O economista Guidi Nunes explica que para o estado atingir o objetivo, será preciso de uma operação que funcione.
“A dificuldade nesse momento do estado brasileiro é conseguir operar. Ele está tendo que recuperar a sua capacidade operacional de atendimento. Então esse é o gargalo que espero que seja superado nesse processo. Conseguir atender todo o setor e diminuir as dificuldades técnicas das Ematers. Como a Emater do Pará, a empresa de assistência técnica rural, que é uma desigualdade muito grande no atendimento e o parecer da Emater faz diferença para os bancos. Então é fundamental que os bancos na hora de decidir a liberação desses recursos, tenham informações de pareceres adequados sobre a sustentabilidade econômica da oferta da produção agrícola pela agricultura familiar”, explicou.
Uma nova adição à linha Pronaf Mulher foi introduzida, proporcionando um limite de financiamento anual de até R$ 25 mil e uma taxa de juros de 4% ao ano. Essa faixa é direcionada às mulheres agricultoras com renda anual de até R$ 100 mil.
Além disso, produtores familiares que adotarem práticas de produção sustentável de alimentos, com foco em orgânicos, produtos oriundos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia, serão beneficiados com incentivos adicionais. As taxas de juros para custeio serão de 3% ao ano, enquanto para investimento serão de 4% ao ano.