O quadro atual da economia mundial é de inflação em queda, porém ainda elevada.
A queda é influenciada, principalmente, às reduções nos preços de energia e alimentos.
Em relação à atividade global, há revisão do crescimento do PIB de 2023 para cima. Já para 2024 não houve revisão e a taxa é a mesma que a esperada para 2023. Desta maneira, há um cenário de desaquecimento ou estagnação da atividade.
O crescimento da China para este ano e para o próximo não sofreu revisão. O país ainda poderia ter queda do crescimento em vista de problemas enfrentados pelo setor imobiliário.
O crescimento da economia dos Estados Unidos também foi revisado para baixo em 2024.
A Fitch Ratings, uma das três principais agências de rating do mundo, rebaixou a classificação da dívida norte-americana da mais alta, AAA, para AA+, a segunda mais alta. A justificativa se deve à piora da situação fiscal dos Estados Unidos, que apresenta dívida crescente, além da demora para solucionar a questão do teto da dívida.
Na Área do Euro, a inflação ainda é elevada. Em julho de 2023, o Banco Central Europeu (BCE) afirma que a inflação “continua a cair, mas ainda se espera que permaneça excessivamente alta por bastante tempo”.
Dessa forma, há um desequilíbrio do crescimento mundial para o lado negativo. A inflação elevada pode requerer um maior aperto monetário, o que significa maiores taxas de juros. Há aumento da taxa de juros em países desenvolvidos, o que significa, para o caso do Brasil, possível saída de dólares para mercados mais atrativos que o nacional.
O elevado endividamento de muitos governos também é um ponto de atenção.
Além disso, a guerra da Ucrânia permanece como um dos principais entraves internacionais.
As informações foram divulgadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA.