O cérebro, apesar das novas descobertas que ajudaram a ampliar o nosso conhecimento sobre o seu funcionamento, ainda é um dos órgãos mais misteriosos do corpo humano.
Por isso, a neurociência vem se dedicando bastante a desenvolver métodos capazes de identificar e tratar disfunções cerebrais na origem, a chamada neuroengenharia.
O que é a neuroengenharia?
A neuroengenharia é uma área de pesquisa interdisciplinar que combina princípios da engenharia, neurociência e ciências da computação para desenvolver soluções para o sistema nervoso.
Com novas tecnologias cada vez mais avançadas e interfaces cérebro-máquina, como os recentes chips cerebrais em desenvolvimento, se busca compreender e modular a atividade neural, criando aplicações, como próteses neurais, dispositivos de estimulação cerebral e terapias para distúrbios neurológicos e outros transtornos.
Doenças neurodegenerativas, fisioterapia e mobilidade
De acordo com o neuro-ortopedista e autor, juntamente com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, do artigo “Neuroengenharia e as melhorias no sistema nervoso: Uma perspectiva neurocientífica sobre a Obesidade”, o Dr. Luiz Felipe Carvalho, o desenvolvimento da neuroengenharia permite várias possibilidades de tratamento para condições de saúde.
“Os estudos, pesquisas e tecnologias atuais e os que ainda estão em desenvolvimento nos trazem perspectivas bastante favoráveis e promissoras para o uso dessa ciência em um futuro próximo para tratar condições como doenças neurodegenerativas, que atualmente não têm cura e possuem tratamento limitado”.
“Mas os seus efeitos se expandem também para a saúde física, ajudando a melhorar doenças como a obesidade, esclerose múltipla e auxiliar em tratamentos fisioterapêuticos, tornando-os mais eficazes na melhora da mobilidade e controle muscular”, explica o Dr. Luiz Felipe Carvalho.