De acordo com uma pesquisa feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), 45% da força de trabalho no Brasil será impactada pela Inteligência Artificial. O estudo trouxe um ponto importante: as mulheres brasileiras podem obter mais vantagem com a IA do que os homens. Isso porque a participação das mulheres nas funções onde irá ocorrer a fusão com a Inteligência Artificial é mais de 20% superior à dos homens.
Apesar de o cenário ser até uma oportunidade para as mulheres se utilizarem dos avanços da IA para conseguirem ganhar destaque em suas carreiras e trabalhos, é necessário que todas consigam ter acesso aos benefícios da Inteligência Artificial, independentemente de classe social ou cargo profissional, já que historicamente as mulheres enfrentaram centenas de obstáculos no mundo corporativo.
“Uma mulher que ocupa um cargo de diretora ou similar em uma empresa, ela não vai ser prejudicada com o avanço da IA, pelo contrário, ela já está mais familiarizada com o assunto e sabe como tirar proveito disso, o problema são mulheres que exercem funções operacionais, essas sim serão afetadas, é por isso que é tão importante democratizarmos o assunto”, explica Glades Chuery, diretora de inovação e novos negócios na TATICCA Allinial Global Brasil e uma das mediadoras do AI Summit Brasil 2024, evento que acontece em setembro em São Paulo e tem como objetivo debater as principais mudanças advindas com a Inteligência Artificial.
A IA é capaz de trazer benefícios materializados para as mulheres através de ferramentas, aceleração da jornada, gestão de tempo, conhecimento e até mesmo liberdade para elas trabalharem onde elas quiserem. Mas apesar dos benefícios, no Brasil, o número de mulheres que trabalham ou utilizam a Inteligência Artificial no cotidiano empresarial ainda é menor quando se faz o comparativo com os homens.
“A IA costuma ser utilizada por mulheres que trabalham em áreas relacionadas à tecnologia e cálculos, então precisamos expandir mais, fazer com que outras mulheres de outras áreas entendam a importância de ter conhecimento no assunto”, declara Glades.
Apesar da IA ser algo positivo tanto para os homens como para as mulheres, elas acabam muitas vezes saindo em desvantagem, principalmente por conta da jornada delas, que por mais que a situação tenha mudado hoje em dia, elas ainda acabam não tendo o mesmo tempo que os homens para investirem e estudarem o assunto. “O que é necessário ressaltar é que a IA já é uma realidade, então não pode ser um assunto nichado, para poucas, precisamos que o assunto chegue em mulheres 50+, de diferentes classes sociais, pois isso pode transformar a vida e a carreira delas”, finaliza Glades.
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MARLY ELEUTERIO VAZ
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