Em Minas Gerais o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas continua alto, mesmo com a tendência geral de queda ou estabilização entre a população adulta. Os dados foram divulgados no novo Boletim InfoGripe da Fiocruz da última quinta-feira (3).
Os dados, referentes à Semana Epidemiológica (SE) 30, de 23 a 29 de julho, mostram que em Minas Gerais, os casos de SRAG permanecem elevados, mas sem associação detectada ao vírus sincicial respiratório (VSR).
Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do InfoGripe aponta que desde os últimos boletins, foram observados casos de metapneumovírus, rhinovirus ainda na população pediátric,a em Minas Gerais.
“Minas Gerais continua mantendo um patamar elevado, o vírus sincicial respiratório que foi o grande vilão nas últimas semanas em diversos estados do país, em Minas está em baixa. Os dados laboratoriais sugerem que ele está em baixa, mas esses outros vírus estão mantendo um cenário no público pediátrico que ainda requer atenção”, alerta.
O boletim destaca que 3 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento dos casos de SRAG são elas: Belém (PA), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). Crianças e população acima de 65 anos apresentam a maior parte dos casos da síndrome. Enquanto isso, Curitiba, Porto Alegre e Rio Branco, mantêm estabilidade em patamar elevado de novos casos semanais de SRAG em crianças pequenas.
A infectologista Larissa Tiberto salienta que os sintomas da SRAG são febre de início repentino, seguida tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dor nas articulações, dificuldade ou desconforto ao respirar, sensação de peso ou pressão no peito, batimento de asas do nariz, diminuição da saturação, lábios arroxeados ou azulados e falta de apetite.
“Podemos nos proteger e evitar a SRAG, atualizando o calendário vacinal, evitando aglomerações em lugares fechados, ao visitar idosos e recém-nascidos usar máscara e não visita-los se algum sinal de gripe, hidratação e alimentação saudável, aleitamento materno até 6 meses de idade, lavagens das mãos e uso de álcool gel”, orienta.
De acordo com o InfoGripe, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 6,7% para influenza A; 3,7% para influenza B; 32,1% para VSR; e 22,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre as mortes, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 11,8% para influenza A; 9,8% para influenza B; 9,8% para VSR; e 43,1% para Sars-CoV-2 (Covid -19).
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