De acordo com o último levantamento do IBGE, divulgados no final de 2023, a expectativa de vida no brasileiro subiu para 75,5 anos em 2022, no entanto, nota-se uma grande diferença entre a expectativa de vida de homens (72 anos) e mulheres (79 anos). Mas afinal, o que pode estar por trás dessa diferença?
Segundo a cirurgiã plástica especialista em rejuvenescimento, Dra. Elodia Avila, idealizadora e apresentadora do podcast “O segredo da Longevidade”, um dos principais fatores para essa diferença é o fato de as mulheres buscarem com mais frequência ajuda médica.
“Essa diferença está ligada a diversos fatores, mas em especial à tendência das mulheres de buscar ajuda médica com mais frequência. Mulheres são mais propensas a realizar consultas médicas preventivas e a seguir tratamentos prescritos, o que contribui para a detecção precoce de doenças e melhor gerenciamento de condições de saúde, já os homens, por tabu, cultura ou machismo, têm maior resistência a procurar ajuda médica”, explica.
Estilo de vida feminino é mais saudável
Outros fatores que podem explicar essa diferença estão reunidos no estilo de vida das mulheres que, em sua maioria, têm maiores chances de ter hábitos saudáveis, explica a Dra. Elodia Avila.
“As mulheres geralmente adotam comportamentos mais saudáveis, como dietas balanceadas, exercícios regulares e visitas médicas preventivas. Essas escolhas saudáveis contribuem para a redução do risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade, que podem afetar negativamente a expectativa de vida”.
“Outro fator importante é a propensão dos homens a se envolverem em comportamentos de risco ou cultivar hábitos danosos tidos como ‘mais masculinos’, como fumar, consumir álcool em excesso e se envolverem em atividades perigosas, como dirigir em alta velocidade”.
Saúde mental também é um fator importante
Ainda de acordo com a Dra. Elodia Ávila, a saúde mental também é muito relevante para entender a expectativa de vida.
“As mulheres geralmente possuem uma rede de apoio mais ampla e se sentem mais à vontade para buscar ajuda em relação à saúde mental, um dos principais problemas de saúde atuais. Ao contrário, os homens frequentemente enfrentam resistência cultural em expressar suas emoções e buscar tratamento, sendo encorajados a reprimir sinais de fraqueza”, afirma.