A Livre de Assédio comemorou um ano marcado por inovação e escala de mecanismos de prevenção e governança. Integrando tecnologias e parcerias estratégicas, a startup consolidou sua presença nos principais festivais, bares e eventos de quatro regiões do País – implementando protocolos de segurança baseados nas regulamentações vigentes no País, além de expandir o apoio às vulnerabilidades do público em relação à saúde mental. Quando se fala em inovação em prol das mulheres: o programa Caminho Delas, desenvolvido pela Livre para a TIM em parceria com o app Mulheres Positivas, mostrou que já existe lastro legal para o acolhimento de mulheres em risco de violência e que a iniciativa privada pode ir além na estratégia do S do ESG.
“A Livre sempre teve a vocação de olhar para a tecnologia como aliada e integrá-la à medida que validamos metodologias e impacto. E, com isso, avançar para termos a nossa própria ferramenta de apoio para eventos, que respeita a LGPD e o sigilo à identidade da vítima – seja ela cliente ou funcionário terceirizado do evento, parcerias com o app Bumble, canal de denúncia SafeSpace e app Mulheres Positivas só mostrou a importância de sermos hub para apoiar o acesso a políticas de segurança e prevenção a todos os espaços, além do alinhamento de valores entre as organizações”, explica Ana Addobbati, fundadora e diretora da Livre.
A Livre possui a missão de acompanhar a regulamentação vigente e a demanda do ecossistema por governança e respeito à inclusão e relações multistakeholder. “A Livre operou canais de apoio a colaboradores terceirizados para eventos como TomorrowLand Brasil, a maior rave do mundo, com uma ferramenta de governança para que as produtoras pudessem intervir diante de abusos e desrespeito a cláusulas contratuais com seus fornecedores. Essa última funcionalidade vem à luz da demanda por eventos que respeitem o ser humano e apoie produtoras sérias que querem seus contratos sendo respeitados”, explica Ana. Já com o app Bumble, que trouxe ao Brasil a iniciativa Bumble Spot, já existente na Europa. A Livre desenvolveu um treinamento com o protocolo de prevenção a mulheres em risco em encontros marcados pelo app.São Paulo e o bar Sollara foram escolhidos para ser o local seguro para usuários do app para encontros.
Com o app Mulheres Positivas e a TIM, a Livre desenvolveu um protocolo inédito para entender a função da empresa enquanto parte de uma sociedade que vive uma “pandemia de feminicídio e violência de gênero”. Para atender ao projeto Caminho Delas, a Livre desenvolveu o protocolo para atendimento às mulheres que buscarem ajuda nas lojas TIM porque estão em risco nas ruas ou em casa. “Foi preciso considerar os impactos à integridade física e emocional de quem as acolhe, sem negligenciar às vítimas, oferecendo os melhores caminhos para que saiam do risco e peçam ajuda”, explica Ana. As mulheres podem baixar no app parceiro uma cartilha com informações sobre a rede de acolhimento disponível no município. Hoje, se a mulher estiver no Rio ou em São Paulo pode descobrir a loja TIM que está na sua rota e entrar para pedir ajuda.
GOVERNANÇA PARA EVENTOS E IMPACTO NA SAÚDE MENTAL
Num ano em que se começou a falar em ESG em eventos com maior intensidade, entender que patrocinadores, sociedade e Ministério Público do Trabalho cobram melhorias nas condições de trabalho de quem atua em eventos, a Livre pilotou, validou e oferece ao mercado o SAC Livre do trabalhador. A ferramenta possui atendimento humano e imediato aos funcionários das empresas subcontratadas pela produtora para montar o evento. Há também o aconselhamento jurídico do time Livre para que as produtoras saibam o que cobrar de seus subcontratados e haja governança nas relações.“Essa funcionalidade vem à luz da demanda por eventos que respeitem o ser humano e apoie produtoras sérias que querem seus contratos sendo respeitados”, explica Ana.
Em 2023, a Livre ofereceu ao público dos eventos contratantes serviços de apoio psicossocial, já que Saúde Mental é uma das preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Num momento, que temos festivais estourando bolhas geracionais, com três gerações convivendo no mesmo espaço e num contexto pós-pandemia, cuidar não só dos protocolos exigidos em lei, mas acolher situações com profissionais preparados é essencial para, inclusive, honrar a experiência de quem espera se divertir em um evento”, explica Ana.
Eventos com a atuação da Livre pelo Brasil em 2023
– TomorrowLand Brasil, Itu, São Paulo, maior rave do mundo com operação Livre 24/7
– O TURÁ em São Paulo e Porto Alegre, um festival que fomenta, divulga e exalta a diversidade da cultura brasileira, teve o ponto de acolhimento posicionado estrategicamente para cumprir o protocolo da Lei Não Se Cale de São Paulo sendo destaque do jornal Estadão. Além disso, realizamos ações de proteção ao trabalhador com nosso SAC do colaborador, apoio jurídico e demais ações de governança.
– CCXP, maior evento de cultura de Geekie do mundo, em São Paulo
– Primavera Sound, com o movimento Nobody is Normal do maior festival da Europa no Brasil
– Áreas VIPs e proprietárias da Heineken, no The Town, em São Paulo. Treinamento da produtora para aplicar os protocolos de segurança para convidados e equipe.
– Festival Rock The Mountain, apoio à estratégia 360 de ser um evento temático em torno do tema Mulheres.
– Carnaval Sem Assédio por Ambev – Camarote da Brahma em Salvador, ganhando o selo de camarote sustentável da prefeitura de Salvador, Camarote Oficial do Galo da Madrugada e pelo 5o ano consecutivo, Carvalheira na Ladeira
– Festival Social Good Brasil, em Florianópolis
– Arraial da Abracerva no DF – teve o correio amoroso incentivando respeito e diversidade, estreia no Centro-Oeste.
– 10 anos do Festival Coquetel Molotov, desde 2017, a Livre é parceira do maior evento de música indie da América Latina
SÃO PAULO SEM ASSÉDIO
A atuação pioneira da Livre levou a organização a articular movimentos importantes para a sociedade brasileira, como a colaboração da diretora Ana Addobbati, nos grupos de trabalho da Lei municipal de SP Lei nº 17.951/2023, que cria o Selo para os bares e a Lei estadual 17.635/2023 na Assembleia Legislativa de SP, junto a parlamentares que discutiram com a sociedade civil os caminhos para ser uma lei que funcione e seja referência de dispositivo de proteção às mulheres. “A caminhada da Livre em bares e eventos traz aprendizados operacionais e elementos da nossa cultura comportamental que devem ser considerados em qualquer projeto de lei desse tema”, explica Ana.
Em novembro, ela participou da articulação com o Ministério Público de SP e Ministério Público do Trabalho o “Pacto Aqui ninguém se cala”, convidando entidades e empresas a se comprometerem a cumprir e fomentar o protocolo. Empresas como Pernod Ricard e Heineken assinaram, assim como associações, e outros movimentos sociais.
“Ficamos extremamente satisfeitos com os resultados alcançados neste ano. A resposta positiva de comunidades, empresas e eventos mostra que a conscientização é a chave para garantir experiência e governança para empresas que prezam pela segurança de seus colaboradores, clientes e reputação”, afirma . “Nossa missão é continuar trabalhando incansavelmente para criar um Brasil onde todos possam viver experiências em que o respeito é a base de toda relação,” comemora Ana.
Em 2023, iniciamos o movimento em prol de bares e restaurantes preparados para acolher a mulher em Brasília e Florianópolis. No Rio de Janeiro, bares como Bosque e Baródromo estiveram em nossa rota de treinamentos. Em São Paulo, o Caledônia Bar, o melhor bar de drinks da cidade, também integra a nossa rota de bares Livre.
TECNOLOGIA E GOVERNANÇA
A Livre sempre teve a vocação e o direcionador de integrar tecnologias e metodologias que permitam que a prevenção e os mecanismos de governança contra o assédio fossem acessíveis a empresas de todos os portes. Com o passo de desenvolver seu SAC digital em compliance com a LGPD e validado após atuação em vários eventos, a Livre organização segue agora para um momento de aceleração e incubação de ideias para atender o segmento corporativo. Em 2023, fomos selecionados para integrar dois programas essenciais do País, com qualidade internacional.
A Livre é uma das startups aceleradas do Shell StartUp Engine, coordenado pela StartUpBootCamp – um dos principais programas do mundo de inovação. Além disso, é parte do programa Vibra Mulher Empreendedora, sendo selecionada para a fase de pitch e captação de recursos em 2024. “A Livre validou sua metodologia com recursos humanos e tecnologias não-proprietárias ao longo desses anos antes de saltar para ter sua própria ferramenta por um simples motivo: a tecnologia precisa estar a serviço do impacto e não, vice-versa. Esse foi um dos fatores cruciais para a seleção para o programa Shell. Mais do que nunca, o tema da prevenção ao assédio e o bullying estão na pauta ESG, sendo recomendações explícitas da OIT e conectados com a saúde mental dos trabalhadores. Queremos que o ecossistema de empresas entenda que a Livre atua na prevenção e governança para evitar que a cultura seja tóxica e haja crises – inclusive, no ambiente de parceiros externos, como PDVs e eventos com as marcas contratante”
A Livre também foi apoiada pelos alunos da Rice University, do Texas, que vieram a São Paulo para apoiar a organização nos próximos passos de estruturação e expansão do negócio.
Unindo um ecossistema para combater a violência de gênero
Também para a TIM, a Livre desenvolveu um projeto pioneiro no País, em parceria com o app Mulheres Positivas. O programa Caminho Delas mostra pelo aplicativo uma rota de lojas da TIM preparadas para atender mulheres em situação de risco de sofrerem violência por conta do gênero. “Só de ser mulher, aumenta o risco de ser alvo de furto, segundo dados da Segurança Pública brasileira. Como a TIM, já tem mecanismos de apoio para a colaboradora, tivemos o ambiente perfeito para inovar e estender esse cuidado para a cliente, honrando os valores da companhia e sua visão de futuro”. A Livre e seu time desenvolveram as premissas do protocolo considerando legislação vigente, riscos ao trabalhador e as melhores práticas de acolhimento e encaminhamento da vítima. “É preciso entender que programas para funcionarem de forma eficiente precisam realizar a avaliação necessária para que nenhuma ponta fique vulnerável”.
O time Livre contou com apoio de advogados e especialistas para que não só o protocolo fosse definido a partir da interpretação inclusive do Ministério Público sobre o papel da iniciativa privada em relação a quem é cliente e entra em risco em seu estabelecimento, mas a metodologia de treinamento e os agentes a serem acionados e a cartilha de apoio à vítima. “Foi um dos trabalhos mais relevantes da minha carreira, por se tratar de um piloto da iniciativa privada e que pode ser facilmente inspiração para políticas públicas no País”. O projeto foi lançado em conjunto com a Telecom Itália, a partir do pedido da filha do CEO. “Pai, e se eu, como mulher, tivesse a certeza de que entrando em uma loja TIM eu seria acolhida e estaria protegida”, disse.
O manifesto do programa teve como estrela a cantora Iza e foi lançado em novembro durante o Tim Talks, com a presença da Regina Célia, vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Maria Antonieta Russo, VP de RH da TIM, e Alan Kido, gerente de Diversidade e Inclusão, no auditório da TIM no Rio de Janeiro.
Para 2024, o projeto será expandido para todas as lojas da marca no País. Conheça mais sobre o trabalho da Livre de Assédio: www.livredeassedio.com.br / Linkedin: https://www.linkedin.com/in/anaaddobbati/
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