A adoção de práticas sustentáveis no meio corporativo é uma tendência crescente que reflete a necessidade urgente de integrar a responsabilidade ambiental e social aos negócios, segundo especialistas. O Junho Verde, mês de campanha dedicada à conscientização sobre a preservação ambiental, é um momento de reflexão sobre o tema, segundo especialistas.
Para a psicóloga, executiva de RH e diretora de Sustentabilidade da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG), Helida Bersan, a importância do ESG (Ambiental, Social e Governança), na atualidade, está no fato de que ele ajuda a alinhar os negócios com as expectativas éticas, sociais e ambientais da sociedade, além de ser um fator crucial para investidores e consumidores conscientes.
“Um compromisso forte com o ESG pode melhorar significativamente a reputação e a imagem de uma empresa. Isso pode levar a uma maior confiança nas operações da empresa e à construção de uma marca sustentável, atraindo clientes, investidores e talentos que valorizam práticas responsáveis”, afirma.
De acordo com a especialista, os benefícios tangíveis do ESG incluem a melhoria da imagem da marca, acesso a novos mercados e vantagens competitivas. “Empresas sustentáveis também podem atrair investimentos mais favoráveis e ter um desempenho financeiro melhor.”
Segundo Helida, empresas de todos os setores estão ampliando a percepção de que a incorporação da sustentabilidade em suas operações não só contribui para a preservação do meio ambiente, mas também oferece uma série de benefícios econômicos, sociais e reputacionais.
Estudo “Panorama ESG 2024”realizado, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), por exemplo, revelou que 71% das 687 empresas entrevistadas indicaram estar no estágio inicial (45%) ou avançado (26%) de implementação de práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) em relação a 2023.
Sobre os desafios que as empresas enfrentam ao tentar implementar práticas sustentáveis e ambientalmente responsáveis, a diretora da ABRH-MG diz que os mais comuns estão relacionados à mudança de cultura organizacional, custos iniciais de implementação, falta de conhecimento ou habilidades técnicas, e resistência interna. “Além disso, manter a consistência e medir o impacto das práticas sustentáveis pode ser desafiador”, alerta.
Em meio a esses desafios, o RH pode contribuir com a instalação de uma cultura de sustentabilidade, com políticas de contratação, programas de treinamento, iniciativas de bem-estar dos funcionários; comunicação interna que enfatize a importância da sustentabilidade e do respeito ao meio ambiente, conforme Helida.
Por fim, a diretora lembra que o compromisso com o ESG está diretamente relacionado à atração e retenção de talentos. “Profissionais, especialmente as novas gerações, buscam trabalhar em empresas que compartilham seus valores sociais e ambientais, tornando as práticas ESG um diferencial importante na atração e retenção por talentos”.
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JOÃO MARCELO SOARES DE ALBUQUERQUE
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