O Índice Geral de Preços–10 (IGP-10), que apura variações de preços entre os dias 10 de cada mês, registrou queda de 0,13% em agosto e acumula variação negativa de 5,32% no ano e 7,37% em 12 meses.
Em 2022, o índice acumulava inflação de 8,82% em 12 meses.
O IGP é composto por outros três índices diferentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Os preços ao produtor amplo caíram 0,20% em agosto. No mês anterior, o índice havia registrado taxa negativa de 1,54%. Ainda que o índice esteja negativo, houve aumento de sua variação com relação ao mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -8,08% para -4,64%.
Os bens intermediários passaram de -1,31% em julho para -0,37% em agosto. A principal contribuição partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -2,77% para 1,21%.
O índice do grupo matérias-primas brutas passou de -2,38% em julho para 0,79% em agosto. As principais contribuições para o crescimento dos preços do grupo partiram dos itens: soja em grão, milho em grão e leite in natura.
Em sentido decrescente, as maiores quedas ocorreram com o minério de ferro, mandioca/aipim e cana-de-açúcar.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,01% em agosto.
Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: alimentação, educação, leitura e recreação, vestuário e comunicação. Especificamente, os itens que mais caíram foram de hortaliças e legumes, passagem aérea, roupas e combo de telefonia, internet e TV por assinatura.
O grupo de habitação repetiu a taxa de variação registrada no mês anterior. As principais altas partiram do gás de cozinha. Em queda de preços está o aparelho celular.
Em contrapartida, os grupos transportes, saúde e cuidados pessoais e despesas diversas apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: automóvel novo, artigos de higiene e cuidado pessoal e serviços bancários.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,17% em agosto. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: materiais e equipamentos tiveram queda de preços e serviços e mão de obra tiveram alta de preços.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia, FGV IBRE.