O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do FGV IBRE, registrou um aumento de 0,7 ponto em dezembro, alcançando 93,7 pontos, após ter caído nos dois meses anteriores. Quando se observam as médias móveis trimestrais, o índice apresentou uma queda de 1,1 ponto pelo terceiro mês seguido, ficando em 93,3 pontos.
Guidi Nunes, economista, atribui o crescimento moderado da economia em 2023, situado na faixa de 3%, como um dos principais fatores por trás dos resultados recentes observados.
“A renda média do brasileiro nesse contexto melhorou também, principalmente no setor de serviços, nos quais o contrato formal de trabalho em outubro chegou a uma média de R$ 2.900”, explica.
De acordo com o FGV IBRE, o Índice de Expectativas aumentou 2,5 pontos para 103,3, após três meses de queda, enquanto o Índice da Situação Atual diminuiu mais acentuadamente, caindo 1,7 ponto para 80,4.
Guidi projeta que, para próximos períodos, é esperado que o Banco Central continue reduzindo a taxa de juros para melhorar as condições de crédito e para o consumidor atualizar seus bens de consumo. Ele avalia que um cenário melhor vai depender da economia de 2024.
“Espero que consiga, pelo menos, repetir pouco esse crescimento de 2023. Então esse cenário depende de muitos fatores, mas tem tudo pra melhorar as condições”, estima.
Segundo o FGV IBRE, no ICC o componente que avalia as expectativas futuras das finanças familiares foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança, subindo 6,9 pontos para 100,6, recuperando parte das quedas recentes. As perspectivas sobre a economia futura também melhoraram, aumentando 2,0 pontos para 112,9. No entanto, a intenção de compra de bens duráveis teve uma leve queda de 1,6 ponto para 96,1.
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