O incêndio do Edifício Joelma completa 50 anos nesta quinta-feira, 1º de fevereiro. A tragédia ocorrida em São Paulo, em 1974, que vitimou 187 pessoas e deixou cerca de 300 feridos, trouxe à tona o debate sobre a importância da prevenção e combate a incêndios em edifícios comerciais, provocando a criação de uma regulamentação de segurança contra incêndio no Brasil.
Na ocasião, um curto-circuito no sistema elétrico deu início ao fogo que se espalhou rapidamente e consumiu o edifício de 25 andares localizado no centro da capital paulista. O prédio era considerado um marco arquitetônico da cidade e abrigava diversos escritórios.
Para Marcelo Lima, consultor do Instituto Sprinkler Brasil, organização sem fins lucrativos que tem como missão difundir o uso de sprinklers nos sistemas de prevenção e combate a incêndios em instalações industriais e comerciais no País, é difícil imaginar como seria esse prédio hoje em termos de proteção contra incêndio.
“Várias questões que foram razões para o incêndio na época, a começar pela combustibilidade do material que pegou fogo, forro falso, abertura no prédio, distância entre janelas e falta de sprinkler, seriam impensáveis hoje em dia”, afirma.
Após a tragédia, o estado de São Paulo e o país avançaram na criação de legislações e iniciativas voltadas à prevenção e combate a incêndios em diversas edificações, incluindo prédios comerciais.
Apesar do Brasil estar em uma nova fase da proteção contra incêndio, Lima ressalta que ainda há grandes desafios que precisam ser superados sem que haja uma nova catástrofe para que medidas sejam efetivadas. “A legislação brasileira ainda precisa de melhorias e não podemos esperar que outra tragédia como a do Edifício Joelma ocorra para garantir a segurança de vidas e do patrimônio”, conclui.
Sobre o ISB (Instituto Sprinkler Brasil)
O Instituto Sprinkler Brasil (ISB) é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão difundir o uso de sprinklers – também conhecidos como chuveiros automáticos – nos sistemas de prevenção e combate a incêndios em instalações industriais e comerciais no País. Fundado em 2011, o ISB defende o uso desta tecnologia como a medida mais eficaz de evitar perdas humanas e materiais.
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