Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um conjunto de reformas que transformarão a vida dos imigrantes. A nova ação executiva oferece documentos legais a cerca de meio milhão de imigrantes indocumentados casados com cidadãos norte-americanos. A medida também inclui benefícios para os “dreamers” (beneficiários do programa DACA), filhos de imigrantes que chegaram aos Estados Unidos ainda crianças e que não conseguiram regularizar sua situação. O programa DACA protege seus beneficiários da deportação e permite que trabalhem legalmente.
De acordo com o novo e abrangente plano de imigração, os cônjuges indocumentados de cidadãos norte-americanos que vivem nos EUA e estão casados há pelo menos 10 anos até 17 de junho de 2024, podem solicitar a residência permanente legal, conhecida também como “Green Card”. Antes da introdução deste plano, os cônjuges que viviam nos EUA sem documentos precisavam viajar para o seu país de origem e solicitar a cidadania num consulado, um processo que poderia levar de três a 10 anos.
Alguns críticos classificaram a medida como uma manobra eleitoral do presidente Joe Biden para agradar aos imigrantes, já que a crise migratória é um dos temas mais discutidos entre os candidatos à presidência. Na mesma semana, o ex-presidente Donald Trump declarou em uma entrevista que quer conceder “green cards” automáticos aos estudantes estrangeiros que se formam em faculdades americanas, uma declaração que contrasta com a retórica anti-imigração normalmente associada a ele.
De qualquer maneira, a questão da imigração e a crise que envolve este tema atualmente são extremamente importantes e desgastantes, já que nenhuma reforma significativa foi implementada até agora, e cada candidato busca atrair votos de imigrantes que representam 14% da população dos Estados Unidos.
Por outro lado, há inúmeros exemplos de estrangeiros que, após se estabelecerem, impulsionaram a geração de empregos. Na última edição da lista das 500 maiores empresas dos EUA, publicada pela revista Fortune, 44% foram fundadas por “novos americanos”, como são chamados os imigrantes ou a primeira geração de filhos nascida no país.
A advogada de imigração, Ingrid Domingues-McConville, destaca que a entrada de imigrantes no mercado de trabalho americano, especialmente profissionais qualificados, preenche a carência de certas profissões, beneficiando tanto empregados quanto empregadores. Além disso, empreendedores e investidores estrangeiros impulsionam a economia americana, fazendo com que os imigrantes legais paguem mais impostos do que recebem em benefícios.
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Samantha di Khali Comunica
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