O principal indexador do aluguel, que é mensurada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), caiu 0,14% em agosto, após uma queda de 0,72% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula deflação de 5,28% no ano e de 7,20% em 12 meses.
No mesmo período de 2022, o índice apresentava inflação.
Essa pode ser uma boa notícia para os contratos de aluguel firmados em agosto e em setembro. Ainda que os repasses deflacionários tardem a ocorrer para os contratantes, é esperado que contratos firmados neste período mantenham-se com preços estáveis. Ou seja, a menos, sem possíveis altas.
O IGP-M, por ser um índice de mercado, é composto pela estrutura de três outros índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M).
A deflação registrada no índice ao produtor, de 0,17%, é motivada pela queda dos preços de bens finais, principalmente de alimentos in natura. Porém, foram os bens intermediários quem mais caíram neste mês, em 0,79%, com destaque para a queda média de combustíveis.
Já com relação à componente do índice de preços ao consumidor (IPC), houve queda de 0,19% em agosto, após alta em julho. Nesse grupo, vale mencionar a principal queda em passagens aéreas.
Também apresentaram queda os itens hortaliças e legumes (2,52% para -7,23%), gasolina (3,65% para 0,64%), serviços bancários (0,63% para -0,05%), roupas (-0,02% para -0,43%) e mensalidade para TV por assinatura (0,42% para 0,07%).
Por fim, o índice referente ao custo da construção variou 0,24% em agosto, ante 0,06% em julho, influenciado principalmente por alta da mão de obra de eletricista, pedreiro, massa de concreto, engenheiro e mestre de obra.
As informações são do Instituto Brasileiro de Economia, IBRE FGV.