A confiança da indústria subiu em dezembro, depois de dois meses em queda e estabilidade em novembro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra um avanço de 0,6 ponto no mês e chega a 51 pontos — acima da linha divisória de 50 pontos que separa a confiança da falta de confiança.
A economista da CNI Larissa Nocko explica que, para a composição do índice, os empresários são questionados a respeito de quatro aspectos: as avaliações das condições atuais da empresa e da economia brasileira; e as expectativas para os próximos meses para a empresa e para a economia brasileira.
“O que puxou o índice de dezembro, foram os dois primeiros componentes, mostrando uma avaliação menos negativa das condições atuais da empresa e da economia brasileira. A gente fala de avaliações menos negativas porque elas permanecem abaixo de 50 pontos, o que indica uma condição de piora”, afirma.
De acordo com o ICEI, os empresários mantêm expectativas positivas para os próximos seis meses. No entanto, o otimismo, segundo a CNI, está restrito às próprias empresas. Em relação à economia brasileira, a visão do setor é de pessimismo. A pesquisa ouviu 1.356 empresas — 545 de pequeno porte, 497 de médio porte e 314 de grande porte.
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Legislativo
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), um dos coordenadores da Frente Parlamentar da Indústria Química, avalia que proposições em tramitação no Congresso Nacional contribuem para o avanço na confiança da indústria e também para aumentar a competitividade do setor. Dentre elas, o parlamentar destaca o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert), o projeto do Combustível do Futuro e, em especial, a reforma tributária. Além disso, o deputado defende previsibilidade para as empresas.
“Ter segurança jurídica e previsibilidade de 10 anos garantidas em lei na consecução das políticas públicas. Não dá para fazer uma lei eventual, a planta industrial se desloca para outro lugar do país, depois vem outro governo não concorda com isso, muda e ele fica a ver navios. Não tem como. Tem que ter previsibilidade de 10 anos”, defende Alceu Moreira.
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