São Paulo, março de 2023 – O projeto “Saúde em Nossas Mãos” tem mostrado resultados surpreendentes na redução do índice de infecções hospitalares em unidades de terapia intensiva (UTIs) de hospitais do interior paulista. O Hospital Escola Emílio Carlos, localizado em Catanduva (SP), foi um dos beneficiados, apresentando uma redução significativa de aproximadamente 70% nas três principais infecções monitoradas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI): pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), infecção de corrente sanguínea laboratorialmente comprovada (IPCSL) e infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical (ITU-AC). A iniciativa é do Ministério da Saúde, realizada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) pelos hospitais Alemão Oswaldo Cruz, BP – a Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hcor, Einstein, Moinhos de Vento e Sírio-Libanês.
Ademilson Ronzani, enfermeiro coordenador da UTI e líder do projeto no Hospital Escola Emílio Carlos, expressou que “foi muito gratificante para nós participarmos deste projeto e das ações implementadas. Com isso, agregamos valor para o atendimento do paciente e para a população com a redução do tempo de permanência na UTI”.
José Luís de Morais, enfermeiro da mesma instituição, destacou a transformação ocorrida na UTI, antes considerada paliativa. “O projeto “Saúde em Nossas Mãos”, do PROADI-SUS, chegou e a gente foi colocando tudo em prática, convencendo os funcionários das melhorias, pois eles também não acreditavam mais. Hoje, o resultado está aí: graças a Deus, muitas vidas salvas. A gente tem muito que agradecer à equipe do HUB Hcor, que nos forneceu assistência, e ao projeto e ao Ministério da Saúde também, por proporcionarem um projeto tão bom para a população e para os hospitais”.
Cristiana Prandini, do Hospital do Coração (HCor), responsável pela gestão do projeto no Hospital Escola Emílio Carlos, ressaltou que, durante a jornada de implementação, ocorreu uma transformação notável, não apenas em melhorias tangíveis na eficiência dos serviços prestados, mas também uma evolução significativa na cultura das equipes. “Essa parceria exemplifica o poder da colaboração e da troca de conhecimento, mostrando que, juntos, podemos alcançar resultados extraordinários na entrega de cuidados de saúde de qualidade”, completou.
Outro hospital beneficiado pelo projeto é o Hospital Estadual Américo Brasiliense, situado na cidade de Américo Brasiliense (SP), que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Marília Costa Frangioti, farmacêutica da instituição, enfatizou as mudanças positivas implementadas, “zeramos nosso índice de infecção do trato urinário por mais de 12 meses e conseguimos também ter uma redução de 30% na PAV e na IPCS”, afirmou.
“Participar do projeto não foi algo que só beneficiou a nossa UTI, mas também proporcionou benefícios para os outros pacientes por conta da alteração de processos, melhorias e otimização de recursos. É muito gratificante poder participar e semear uma iniciativa que salva vidas”, contou Marília.
Renata Gonsalez, do Hospital Sírio Libanês (HSL), responsável pela gestão do projeto no Hospital Estadual Américo Brasiliense, diz que “os resultados alcançados por meio deste projeto são mais do que meras estatísticas. Eles representam o nosso compromisso inabalável em oferecer um ambiente de cuidados de saúde seguro e de alta qualidade. para cada paciente que entra pelas portas de um hospital. Cada melhoria implementada reflete a eficácia das práticas adotadas e nossa dedicação em proporcionar o melhor tratamento possível”.
Projeto “Saúde em Nossas Mãos”
O projeto “Saúde em Nossas Mãos” adota uma metodologia de referência mundial, abordando práticas relacionadas às principais infecções hospitalares e promovendo o uso de ferramentas para a melhoria da qualidade e segurança do paciente. Essa iniciativa, promovida pelo Ministério da Saúde no âmbito do PROADI-SUS, tem impactado positivamente diversos hospitais públicos, resultando na economia de R$ 718 milhões entre os anos de 2018 e 2023, atendendo cerca de 439 mil pacientes e salvando mais de 5 mil vidas ao evitar 13,6 mil infecções em UTIs do SUS.
“O engajamento das equipes e a implementação eficaz das práticas propostas pelo projeto têm contribuído não apenas para a redução das infecções, mas também para a melhoria geral dos processos e da qualidade da assistência prestada nas unidades de saúde participantes. Com resultados tão expressivos, o “Saúde em Nossas Mãos” se consolida como uma importante iniciativa na busca pela excelência no cuidado ao paciente e na promoção da segurança nos hospitais brasileiros”, finalizou Cláudia Garcia, coordenadora geral do projeto.