O Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), emite alerta preocupante sobre o aumento significativo dos casos de picadas de escorpião na região.
Somente neste ano foram registrados mais de 180 acidentes envolvendo animais peçonhentos, sendo mais de 140 causados por escorpiões. Esse crescimento acentuado nos números destaca a necessidade de maior conscientização e prevenção por parte da população.
A picada de escorpião representa um sério risco à saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Os sintomas variam de acordo com a gravidade do envenenamento. Em casos leves, podem incluir dor, vermelhidão da pele e formigamento local. Em casos moderados, os sintomas podem ser sudorese, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, agitação e hipertensão arterial leve. Nos casos graves, os sintomas se agravam para vômitos em abundância e que não cessam, sudorese intensa, prostração, ritmo cardíaco irregular ou lento, edema pulmonar agudo e choque.
O que fazer em caso de picada de escorpião?
Ao ser picado por um escorpião é crucial seguir os vários passos para minimizar os efeitos da toxina e garantir um tratamento eficaz: lavar o local da picada com água e sabão; aplicar uma compressa fria para aliviar a dor e reduzir o inchaço e procurar atendimento médico imediato.
Para Karolina Reis, Coordenadora do Núcleo Interno de Vigilância Hospitalar do HEF, a busca imediata, junto com um atendimento rápido, é essencial para minimizar os efeitos da toxina.
“Nenhum tratamento alternativo substitui o atendimento médico. No HEF, os pacientes que chegam com picadas de escorpião são avaliados recebendo monitoramento constante dos sinais vitais para garantir uma recuperação segura e alívio da dor. Aqueles que apresentam sinais sistêmicos como vômito e sudorese recebem imediatamente soro antiescorpiônico, que é crucial para neutralizar o veneno e prevenir complicações”, afirma Karolina.
Cuidados para evitar a proliferação
Após períodos de chuvas intensas, a chegada da seca e o aumento da temperatura criam um ambiente propício para a proliferação de escorpiões. Esses fatores fazem com que os escorpiões se desloquem para áreas residenciais em busca de abrigo e alimento.
Para prevenir incidentes com escorpiões e a proliferação, a população deve adotar algumas medidas simples, mas que tem um papel muito importante, como: manter a casa e o quintal limpos, evitando o acúmulo de entulhos e lixo; vedação de frestas e ralos, e utilização de telas nas janelas; manter áreas externas bem iluminadas, já que escorpiões preferem ambientes escuros e úmidos; examinar roupas e calçados antes de usá-los; não deixar roupas de cama encostadas no chão; sempre olhar lençóis e travesseiros antes de deitar.
Para Karolina Reis, a conscientização sobre medidas preventivas é de suma importância para a população. “É fundamental que a população esteja informada sobre como evitar a presença de escorpiões em suas casas e ambientes de trabalho, mantendo os locais limpos e vedando possíveis entradas para esses animais. A prevenção é a melhor forma de evitar picadas e, consequentemente, a necessidade de tratamento médico”, conclui Karolina.
Assessoria de comunicação do HEF
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