Olhos vermelhos e que coçam, sensação de areia e lacrimejamento são alguns dos sintomas de conjuntivite, doença caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana que reveste a parte externa do globo ocular (o branco dos olhos). Quem faz o alerta é o H.Olhos – Hospital de Olhos de São Paulo, da Rede Vision One, que registrou crescimento dos casos nos últimos meses.
O oftalmologista especialista em córneas, Dr. Pedro Antonio Nogueira Filho, chefe do Pronto-Socorro do H.Olhos, diz que dos 6.180 pacientes atendidos nas unidades da capital e do ABC Paulista durante o mês de abril, 844 estavam com conjuntivite. Foram 177 casos a mais que em março, um crescimento de cerca de 26%, sendo que em fevereiro a doença ocular foi diagnosticada em 647 pacientes.
A baixa umidade do ar, o frio e a aglomeração de pessoas em ambientes fechados são alguns dos fatores que contribuem para o avanço dos casos de conjuntivite nos meses de outono. Mas os surtos da doença podem ocorrer em qualquer período do ano e afetar pessoas de todas as idades.
“A conjuntivite pode ser do tipo alérgica, que afeta principalmente quem tem propensão a alergias e não é contagiosa, ou se apresentar nas formas viral e bacteriana, que são facilmente transmissíveis. Por isso, é fundamental lavar sempre as mãos antes de tocar os olhos e não compartilhar maquiagens, toalhas, fronhas ou outros utensílios de uso pessoal,” explica o médico.
Outro cuidado é não coçar os olhos, pois há risco de machucar a região e espalhar secreções. Dependendo da causa, a conjuntivite pode durar de uma semana a 20 dias e, sem os cuidados adequados, pode causar lesões e deixar os olhos mais suscetíveis a novas infecções. Nos casos mais graves, o paciente pode sentir a visão turva e muita sensibilidade à luz.
A doença ocular não tem um tratamento específico e é importante só utilizar colírios ou medicamentos se houver indicação do especialista, para que o quadro não se agrave. “Ao perceber qualquer sinal da doença é fundamental buscar a ajuda de um oftalmologista e seguir corretamente as orientações, para evitar a evolução da conjuntivite e prevenir o contágio”, recomenda o Dr.Pedro Antonio Nogueira Filho.
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SIEGLIND EIKMEIER
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