O Fundo Agbara, primeiro fundo de mulheres negras do Brasil, realiza a 2ª edição do Jantar Agbara: Ampliando Impacto, no dia 04 de novembro. Com o objetivo de democratizar a filantropia e promover a equidade racial e de gênero, o evento reunirá 250 convidados na Kaza Fendi em Pinheiros, a fim de valorizar o protagonismo das mulheres negras e captar recursos para a sustentabilidade da iniciativa.
A primeira edição do Jantar Agbara, em 2023, foi um marco na trajetória da organização. A noite, abrilhantada pela cantora Paula Lima, reuniu mais de 200 convidados e teve como objetivo a captação de recursos para o Fundo Agbara. Ao longo dos últimos quatro anos, o Fundo Agbara já realizou mais de 4.000 atendimentos e apoiou 317 mulheres com aportes financeiros diretos. A instituição desenvolveu mais de 50 projetos focados em mulheres negras, atuando e oferecendo atendimento em 25 estados do país.
De acordo com Aline Odara, Diretora Executiva da organização, a expectativa para esta edição é de ir além, trazendo novas colaborações e ampliando nosso impacto.
“Em sua segunda edição, nosso jantar anual se consolida como uma data essencial no calendário da filantropia brasileira, reforçando o compromisso com a garantia de direitos econômicos e sociais para mulheres negras. O evento celebra não apenas nossas conquistas, mas também a relevância e excelência do trabalho que desenvolvemos em prol da agenda de raça e gênero no Brasil, ampliando o impacto de nossas ações para o futuro”, comentou.
A noite será marcada por uma experiência gastronômica, com um menu afro-brasileiro criado pelo Chef Marcelo Sampaio.
O Jantar Agbara contará com uma programação artística especial. A cerimônia de abertura será conduzida por Puma Camillê, seguida de uma fala inaugural de Shenia Karlsson. Cris Guterres assumirá o papel de Mestra de Cerimônia. Encerrando a noite, a Banda Black SP promete uma apresentação vibrante, encerrando a programação em tom de celebração.
Por que iniciativas como a do Fundo Agbara são necessárias?
Dados do IBGE revelam que as mulheres negras são as mais afetadas pela desigualdade socioeconômica no Brasil. Com menor acesso ao mercado de trabalho e oportunidades, elas enfrentam desafios ainda maiores para construir um futuro promissor. Em 2022, cerca de 27% das mulheres pretas ou pardas estavam fora do mercado de trabalho, uma situação agravada pelo acesso limitado à educação e pelo tempo desproporcional dedicado às tarefas domésticas. Em comparação, esse índice foi de 23% entre as mulheres brancas, enquanto cerca de 15% dos homens, tanto brancos quanto negros, estavam fora do mercado de trabalho.
Para Aline, as ações do Fundo Agbara se estruturam nesse sentido de abordar diretamente as desigualdades que as mulheres negras enfrentam no Brasil. Segundo ela, as iniciativas do Fundo Agbara buscam promover direitos econômicos e justiça econômica, com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais. Com cinco frentes de atuação, o fundo enfrenta questões amplas, abordando não apenas o acesso ao mercado de trabalho e às oportunidades educacionais, mas também outros desafios que impactam a vida das mulheres negras.
“O Fundo Agbara nasceu para defender os direitos econômicos e promover justiça social para mulheres negras no Brasil. Estamos comprometidas a pensar e promover soluções eficazes para a desigualdade que mulheres negras enfrentam em nosso país”, conclui.
Sobre o Fundo Agbara
Fundado em setembro de 2020, em resposta à crise econômica gerada pela pandemia, o Fundo Agbara (palavra yorubá que significa potência), foi criado com a missão de promover a dignidade humana, a equidade racial e de gênero. A organização é pioneira no Brasil como o primeiro fundo voltado exclusivamente para mulheres negras, atuando para garantir o acesso a direitos socioeconômicos fundamentais a este grupo demográfico, o mais impactado pela pandemia.
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GHABRIELLA COSTERMANI MACHADO
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