A fissura labiopalatina ou lábio leporino, como também é conhecida, é uma malformação congênita marcada pelo não fechamento dos tecidos durante o desenvolvimento do embrião. Ela atinge o lábio, pode chegar até o nariz e acometer ainda o céu da boca (o palato).
De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Brunelli, do hospital Santa Casa de Mauá, não há uma causa específica para a patologia, apenas de que está associada a questões gestacionais maternas como: a deficiência nutricional, a metabolização do ácido fólico, a obesidade, a exposição à radiação, medicamentos, álcool, cigarro, doenças no período, como rubéola e herpes, além da hereditariedade.
A fissura lábiopalatina não traz nenhum comprometimento mental ou intelectual, o que acontece muitas vezes, é a dificuldade na fala, complicações na respiração, na alimentação, na audição, alterações na arcada dentária e no crescimento facial. Quanto mais cedo for realizada a cirurgia de correção, melhor será o desenvolvimento.
“O pior dos problemas ocasionados pelo lábio leporino é o preconceito, que leva a problemas psicológicos e emocionais decorrentes do bullying. Por essa razão, é importante conscientizar e pulverizar informações corretas. A patologia pode ser diagnosticada ainda na gestação, nas consultas e exames de pré-natal”, orienta o otorrinolaringologista Thiago Brunelli.
O tratamento tem início assim que o bebê nasce, com orientações para a família a fim de facilitar a respiração, a amamentação e a higiene da região. O procedimento para reparação do lábio é realizado nos primeiros meses de vida. Já o céu da boca pode levar mais tempo por ser necessário considerar o desenvolvimento do bebê e o grau do comprometimento.
Ainda de acordo com o caso, mais de uma cirurgia pode ser necessária, assim como o acompanhamento até a idade adulta, com o fim do crescimento facial. O tratamento multidisciplinar com dentistas, fonoaudiólogos, pediatra, otorrinolaringologista, cirurgião plástico e psicólogo também é recomendado.
“Os tratamentos, cirurgias e acompanhamentos são muito eficientes, permitindo uma cicatriz discreta e que o paciente tenha qualidade de vida e boa convivência social”, finaliza o otorrino.
O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.
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MARLI PUERTAS POPOLIN ROSSI
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