Janeiro no Brasil é sinônimo de férias, que, por sua vez, lembram viagens, muitas vezes para a praia. Não é à toa que os destinos mais procurados para os dias de descanso em 2024 são locais onde o sol e a água do mar estão por todo lado. O Rio de Janeiro é a cidade campeã de procura. Segundo a Hotéis Rio — Associação de hotéis na capital fluminense — a cidade registrou em 2023 a maior ocupação anual desde 2014: acima de 70%.
Dona de uma agência de viagens no Rio, Maria Inês dos Santos trabalha com turismo há dez anos. Segundo ela, na capital os pontos turísticos tradicionais são os mais procurados, mas outros destinos perto da região metropolitana também estão sendo buscados pelos turistas.
“Região dos Lagos e Costa Verde também são regiões não centrais, mas que o turista vem explorando. Arraial do Cabo, que é o nosso Caribe, e a Costa Verde — Paraty e Angra dos Reis — tudo para fugir um pouco da região metropolitana.”
Mas o destino carioca não é o único: as praias do Nordeste, principalmente Bahia, Alagoas e Ceará, também são bastante procuradas. As informações são de uma pesquisa divulgada em dezembro pela Airbnb.
Quanto mais procurado, mais caro
Mas viajar em alta temporada tem seus custos. Para quem deseja descansar sem gastar além da conta, a palavra de ordem é planejamento. Quem explica é o professor do curso técnico em Guia de Turismo do Senac EAD, Evandro Santos da Costa.
“A oferta é grande, a procura também. Então quanto mais próximo da viagem a gente deixar para pesquisar o serviço, mais a gente fica à mercê do que está disponível. Planejar é importante porque a gente pega todos os serviços que estão disponíveis naquele destino, muitas vezes com vagas em aberto.”
Segundo ele, o tempo ideal de uma preparação de viagem é entre três e seis meses. “Quanto mais cheio vai ficando um voo, um hotel ou atrações turísticas, mais alto vai ficando o preço”, explica o professor. Dessa forma, o planejamento é o responsável por baratear a viagem.
O destino pode nos escolher
Uma tendência dos últimos anos para reduzir os custos, segundo o professor do Senac, é deixar o destino escolher o turista. Locais com muita procura, principalmente na alta temporada, costumam ser muito caros. “Para baratear, o segredo é escolher esses locais em meses como maio, abril, setembro ou outubro, de baixa temporada.”
Já quem não pode viajar nesses períodos ou não quer abrir mão da alta temporada, a dica é “procurar pelo preço”. Para isso, o turista deve pesquisar quais preços estão mais acessíveis, buscar por esses destinos e fechar negócio. “Cadastrar o email pessoal nas newsletters de empresas que vendem pacotes turísticos e nas companhias aéreas ajuda o cliente a ficar por dentro das promoções”, explica o professor.
Economizar em serviços, escolhendo hospedagens mais simples e locais que tenham uma cozinha — para gastar menos com refeições em restaurantes — também é uma estratégia para curtir as férias com orçamento reduzido.
Casa de aluguel ou hotel?
Depende. Da necessidade da família, do tempo que a viagem vai durar, do número de pessoas.
“Se o objetivo da família é descansar, relaxar e não é uma família muito grande, o hotel pode ser o mais adequado. Mas se for uma família maior e tiver mais pessoas para dividir as tarefas, as alimentações, a limpeza e a organização do espaço, aí sim pode ser mais vantajosa a casa de aluguel”, complementa o especialista.