Brasília, setembro de 2024 – Recentemente, o comércio marítimo global enfrentou um período de aumento em seus valores de frete impactando diversos setores da economia como um todo. De acordo com a MTM Logix, empresa especializada em embarques internacionais, a estimativa é que o frete marítimo apresente um aumento de até 10% em 2024.
De acordo com a Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros (Feaduaneiros), entre os fatores determinantes para este aumento, estão o crescimento na demanda de contêineres; elevação dos preços do petróleo e, também, as guerras que geraram uma ruptura na cadeia de suprimentos, limitando a disponibilidade de contêineres e navios. “Temos, ainda, o congestionamento dos portos, especialmente o de Santos, que amplia o tempo de espera para embarque e desembarque de mercadoria, o que naturalmente afeta nos custos”, completa o Presidente da Feaduaneiros, José Carlos Raposo.
Com isso, é possível notar que no Brasil houve um aumento nos preços de produtos, devido ao repasse que as marcas tiveram que aderir aos novos custos de frete, gerando, assim, um impacto direto ao consumidor final. Além disso, segundo a Federação, as empresas que dependem de importação de insumos para produção de seus materiais ficaram em desvantagem em relação àquelas que conseguem suprir suas necessidades no mercado interno. Dessa forma, houve uma diminuição na competitividade e concorrência de diferentes marcas e empresas. As pequenas e médias empresas também foram fortemente afetadas por esta movimentação, levando ao desabastecimento de muitos produtos e, consequentemente, gerando uma margem de lucro muito menor do que o de costume.
Para driblar este movimento e reduzir os impactos do aumento de frete marítimo, o Presidente da Federação alerta os profissionais do setor sobre a importância de um planejamento de importações feito com antecedência, considerando sempre os custos e prazos de entrega mais longos. Outra dica essencial é a diversificação nos formatos de transporte para a importação ou exportação de cargas urgentes e de alto valor, considerando os transportes aéreos e terrestre.
“É indispensável que as empresas sempre monitorem os indicadores do mercado internacional, para que possam se antecipar caso percebam novas oscilações nos custos do frete marítimo. Outro ponto importante é que neste cenário, manter uma área para implementação de gestão de risco pode cooperar para minimizar os impactos de eventos inesperados, como atrasos e cancelamentos nos portos. Por isso, é necessário um processo mais estratégico e cauteloso frente aos desafios econômicos que estamos enfrentando”, finaliza Raposo.
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NATALY RIBEIRO DE BRITO
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