Quem nunca se deparou com um boato em grupos de mensagens ou no feed das redes sociais? Mas você sabia que os boatos provocam mais do que desinformação? Eles podem ser usados para cometer fraudes, propagar malware, manipular opiniões e influenciar ações. Para orientar a população sobre o que fazer diante de um conteúdo duvidoso, o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) elaborou um material atualizado sobre o tema. Lançado nesta quarta-feira (17), o fascículo Boatos, que integra a Cartilha de Segurança para Internet, traz ainda dicas de como identificar vídeos e áudios manipulados por meio de inteligência artificial, prática que se tem propagado no ambiente digital. O fascículo pode ser acessado gratuitamente no site oficial do projeto.
A publicação está dividida em duas partes: “Não se deixe enganar” e “Ajude a combater os boatos”. Na primeira, o leitor vai encontrar características comuns aos boatos, além de dicas sobre o que observar ao se deparar com uma informação potencialmente falsa. A segunda parte apresenta orientações para evitar a proliferação desse tipo de conteúdo.
“Nem tudo que está na Internet é confiável e muita gente ainda se deixa levar por notícias falsas. No material que acabamos de lançar, reforçamos a importância de ter uma postura inquisitiva, e reunimos elementos para que as pessoas consigam diferenciar mais facilmente um boato de uma informação idônea”, explica Cristine Hoepers, gerente do CERT.br. “Para não ser enganado, é preciso ficar atento e desconfiar, por exemplo, de conteúdos alarmistas ou sem embasamento, especialmente nas redes sociais e aplicativos de mensagens”, complementa Hoepers.
Conheça abaixo algumas orientações do fascículo Boatos:
Use o bom senso, desconfie e analise as informações que circulam em redes sociais e demais plataformas – Não acredite cegamente em tudo que vê ou ouve. Analise as notícias e tente identificar características comuns aos boatos, como fonte não citada ou desconhecida e omissão da data e/ou o local do fato noticiado.
Vá direto à fonte da notícia – Tente achar a fonte original da notícia, ou seja, quem é seu autor e onde foi publicada. Dessa forma, é possível analisar se a pessoa ou organização realmente divulgou o fato, e se ela tem credibilidade em relação ao assunto.
Confira a data da notícia e dos fatos – Compartilhar informações sem data ou com data alterada é uma tática para gerar desinformação. Às vezes, a notícia pode ser verdadeira, mas ocorreu em outro momento e está sendo distorcida e usada fora de contexto.
Não se deixe levar pelo título da notícia – Para despertar interesse, atrair cliques, ganhar audiência e lucrar com acessos, os boatos costumam apelar para títulos e imagens sensacionalistas. São os chamados “caça-cliques”.
Observe detalhes de imagens e vídeos que podem indicar manipulação – Movimentos bruscos, cortes no vídeo, quebras de linhas, distorções de formas e falta de sincronização do movimento dos lábios com a fala podem indicar que o conteúdo foi manipulado via ferramentas de edição e de inteligência artificial.
Desconfie até mesmo de áudios – Técnicas e ferramentas de edição permitem criar áudios que imitam a voz de pessoas e geram falas completas, com resultados bastante realistas.
Cheque os fatos em mais de uma fonte – Consultar múltiplas fontes ajuda a confirmar notícias, entender o contexto e os detalhes, e assim reduzir o risco de ser enganado por notícias falsas.
Na dúvida, não compartilhe!
Atualmente, o excesso de informações e a velocidade com que elas se espalham, tornaram plataformas, como as de redes sociais e aplicativos de mensagens, ambientes propícios para a multiplicação de boatos. Nesse sentido, a segunda parte do fascículo destaca a necessidade de que cada usuário ajude a combater o problema. “Quanto menos um boato se propagar, menos força ele terá”, diz um dos trechos do material. Por isso, fique atento!
Informe-se com outras pessoas e meios de comunicação – A diversidade de opiniões contribui para o desenvolvimento do senso crítico, tão importante para o combate à desinformação.
Oriente as pessoas a não compartilharem boatos – Ajude a esclarecer amigos e familiares que compartilham boatos, explicando a eles que é uma notícia falsa. Se precisar de argumentos, use as análises das agências de checagem.
Fique atento a golpes – Golpistas fazem uso de boatos para atrair possíveis vítimas, seja por meio de links maliciosos, arquivos contendo malware ou informações enganosas, como números falsos de Pix para recebimento de doações.
Denuncie contas falsas – Pessoas mal-intencionadas usam contas falsas e bots para compartilhar e comentar boatos. Denunciar essas contas ajuda as redes sociais a identificá-las e bloqueá-las.
Proteja suas contas de acesso – Atacantes se aproveitam da confiança entre conhecidos. Assim, tentam invadir contas de e-mail e redes sociais com o intuito de usá-las para divulgar boatos, espalhar malware e aplicar golpes na rede de contatos. Para proteger suas contas, crie senhas fortes, ative a verificação em duas etapas, não reutilize senhas e ative alertas e notificações de tentativas de acesso.
Para conferir o fascículo Boatos na íntegra, acesse https://cartilha.cert.br/fasciculos/#boatos .
Cidadão na Rede
Além do novo fascículo, foi lançado mais um vídeo do projeto Cidadão na Rede, criado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações do NIC.br (Ceptro.br|NIC.br) para difundir e incentivar boas práticas relacionadas à cidadania digital e ao uso da Internet. Com animações de 15 segundos, a iniciativa mostra, de maneira simples, como utilizar a rede de forma correta e responsável, abrangendo questões técnicas e comportamentais.
O novo vídeo explica como reconhecer notícias falsas. Para conferir as outras 112 animações, acesse https://cidadaonarede.nic.br/pt/videos/.
Sobre o CERT.br
O Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil é um Grupo de Resposta a Incidentes de Segurança (CSIRT) de responsabilidade nacional de último recurso, mantido pelo NIC.br. Sua missão é aumentar os níveis de segurança e de capacidade de tratamento de incidentes das redes conectadas à Internet no País. Para atingir esse objetivo, além de atividades de tratamento a incidentes, o Centro também investe na conscientização sobre os problemas de segurança, no auxílio ao estabelecimento de novos CSIRTs no Brasil e no aumento da consciência situacional sobre ameaças na Internet, sempre respaldados por uma forte integração estabelecida com as comunidades nacional e internacional de CSIRTs. Mais informações em https://cert.br/.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://nic.br/) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte: Registro.br (https://registro.br/), CERT.br (https://cert.br/), Ceptro.br (https://ceptro.br/), Cetic.br (https://cetic.br/), IX.br (https://ix.br/) e Ceweb.br (https://ceweb.br/), além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br/) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).
Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003).
Mais informações em https://cgi.br/.
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MILENA OLIVEIRA CRUZ
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