As diferentes oportunidades que estão em curso com a transição energética da economia foram apresentadas e debatidas com autoridades, empresários e executivos do setor sucroenergético e de bioenergia no Fórum Nordeste 2024, que aconteceu nesta segunda-feira (dia 2), reunindo um público qualificado com aproximadamente 700 pessoas, na sua 13ª edição. O evento acontece exatamente uma semana depois do anúncio, pelo Governo Federal, da política nacional para a descarbonização da economia.
O vice-presidente para Assuntos Regulatórios da Stellantis, João Irineu Medeiros, apresentou o cronograma em curso pelo quarto maior grupo automobilístico do mundo. A proprietária de 14 marcas lideradas pela Fiat prevê a redução da emissão de carbono na atmosfera em todas as etapas da produção dos veículos até 2038 e mostrou os desafios postos. “O setor automobilístico emite muito carbono e o período de maior emissão é durante a vida útil do veículo”, com o consumo de combustível fóssil. Essa dificuldade é mais facilmente superada no Brasil, explicou. “O uso de biocombustíveis, como o etanol, é capaz de reduzir a emissão de carbono da frota circulante”. Outras oportunidades estão à mesa.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, presente no evento, destacou as novas políticas nacionais para o setor, que contam com a participação do Brasil como protagonista. “Estamos juntos com os Estados Unidos e Índia na produção de SAF (sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel, ou seja, Combustível Sustentável de Aviação), em uma rota que prevê uso do etanol e óleos vegetais”, disse.
A saudação do empresário Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM, organizador do Fórum, deu a dimensão do evento. Além do vice-presidente da República, ministros, senadores, deputados federais, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e o prefeito do Recife, João Campos, prestigiaram o encontro, lado a lado com presidentes de empresas, líderes empresariais nos setores primário e secundário da economia do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. “As lutas são comuns, em todo o território nacional. A defesa dos interesses do setor em São Paulo, são as mesmas do setor no Nordeste, no Centro-Oeste e em todo o país”, afirmou Eduardo de Queiroz Monteiro.
Outros painéis do Fórum Nordeste trataram de temas próximos às empresas de bioenergia e outros setores de uma maneira geral. O secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, tratou de defender a grande mudança nos impostos em discussão no Senado Federal. Uma palavra que seguiu alinhada com as expectativas de um setor também exportador é que a reforma não vai incidir nas exportações.
O Fórum Nordeste também tratou da eletrificação da economia e o mercado livre, do uso do gás na transição energética, o potencial do país na transição energética e os avanços do Brasil em uma economia de baixo carbono.
O Fórum também ouviu o CEO da consultoria Datagro, Plínio Nastari, abordar “O potencial do Brasil na transição energética”. A viabilidade do Hidrogênio Verde (H2V) como combustível sem pegada de carbono para o futuro, esteve na pauta quando o diretor técnico comercial da Coopergás, Roberto Zanella, tratou do gás natural como agente na transição energética. A palestra de encerramento, “Avanços no Brasil rumo a uma economia de baixo carbono” contou com assessor especial do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, como palestrante.
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Patrícia Gomes Correia de Oliveira
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