À medida que envelhecemos, é comum ocorrer uma diminuição na densidade de células cerebrais e na comunicação entre neurônios, um processo conhecido como envelhecimento cerebral. Ele é um processo natural que pode afetar diversas funções cognitivas, como memória, atenção e velocidade de processamento.
O estudo recente “Como retardar o envelhecimento cerebral: Uma análise neurocientífica”, publicado na revista científica Vitalia pela Médica especialista em cirurgia plástica, Dra. Elodia Ávila, em parceria com a sua filha, a estudante de medicina pela Faculdade Anhembi Morumbi e membro do CPAH – Centro de Pesquisas e Análise Heráclito, Rafaela Ávila e o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, analisa os fatores que causam o envelhecimento cerebral e como retardá-lo.
“O rejuvenescimento cerebral pode ser atingido através de um misto de fatores, comportando – se como um combo de diversas áreas da vida que precisam estar em união a fim de um único propósito. É necessário equilibrar a alimentação diária, bem como a rotina com atividades saudáveis, uma boa qualidade de sono, além de exercitar o cérebro através da neuroplasticidade e do aprendizado, não deixando de lado os cuidados básicos com a saúde e permanecendo útil e ativo na sociedade e no trabalho”, afirma no artigo.
Os principais fatores que causam o envelhecimento cerebral
De acordo com a Dra. Elodia Ávila, diversos fatores podem contribuir para o envelhecimento cerebral e cuidar deles pode ajudar a atrasar esse processo e estimular o bom funcionamento do cérebro.
“A genética, estilo de vida e condições de saúde contribuem para acelerar o envelhecimento cerebral. Fatores genéticos podem determinar a suscetibilidade a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Já o estilo de vida, com hábitos como dieta inadequada, falta de exercício físico, tabagismo e consumo excessivo de álcool contribuem para o envelhecimento cerebral precoce. Condições de saúde, como hipertensão arterial, diabetes e obesidade, também podem afetar negativamente o cérebro ao longo do tempo”, explica.
No entanto, há outro fator importante que ajuda a manter a saúde cerebral por mais tempo: A neuroplasticidade cerebral.
“A neuroplasticidade cerebral é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar ao longo da vida em resposta a novas experiências e estímulos. Esse processo gera a formação de novas conexões neurais, o fortalecimento de conexões existentes e até mesmo a regeneração de neurônios. Ao estimular a neuroplasticidade com atividades mentais, jogos, exercícios físicos e uma vida social ativa, é possível promover a saúde cerebral, retardar o envelhecimento cerebral e preservar a função cognitiva”, afirma Dra. Elodia Ávila.