O Minas Shopping vai receber, de 27 a 30 de março, a exposição “Intestino Gigante”, que faz parte da campanha nacional Março Azul, de prevenção ao câncer colorretal, o segundo tipo de câncer que mais mata no Brasil. O evento é gratuito e ficará no estacionamento coberto G2, próximo à portaria 5, das 10h às 22h.
A visita guiada pelo grande intestino dura de 8 a 10 minutos, em grupos de oito pessoas de cada vez. Os participantes terão o acompanhamento de um grupo de quatro monitores, que são estudantes de medicina voluntários, e de dois médicos, que explicam, de forma didática e acessível, tudo o que ocorre dentro do intestino grosso, simulando uma colonoscopia. “A exposição é uma oportunidade imperdível para conhecer mais sobre o corpo humano, além de fazer um alerta para a necessidade da prevenção”, comenta a gerente de Marketing do Minas Shopping, Ana Paula Alkmim.
O câncer de intestino representa uma das principais causas de morte por câncer no Brasil, afetando anualmente milhares de famílias. Embora seja prevenível por meio de métodos acessíveis, como o teste de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia, a doença permanece como um grande desafio para o sistema de saúde brasileiro. Em resposta a essa realidade, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) se uniram em torno da campanha nacional Março Azul, que, em 2024, tem o tema “Médico e paciente: uma parceria que salva vidas! Juntos na prevenção do câncer de intestino”. A iniciativa enfatiza a colaboração entre o sistema de saúde e as entidades de especialidades médicas, com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar da população brasileira.
Segundo a médica Karen Magalhães Brescia, presidente da Sobed/MG, os brasileiros não têm a cultura de fazer o exame de colonoscopia, que deve ser feito de forma preventiva a cada cinco anos, a partir dos 45 anos. “É fundamental estar atento a alguns sinais, principalmente dor abdominal, alteração recente do hábito intestinal, emagrecimento e sangramento nas fezes. Em caso positivo para qualquer um deles, procurar urgentemente avaliação médica para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. Alguns pacientes podem não apresentar qualquer tipo de sintoma nas fases iniciais da doença, o que torna mais importante a utilização de exames diagnósticos como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia para diagnóstico precoce do câncer de intestino”, ressalta Karen Brescia.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que, entre 2023 e 2025, ocorram 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil, afetando mais de 136 mil brasileiros. O Inca aponta um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, divididos entre 21.970 homens e 23.660 mulheres. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do DataSUS, referentes a 2020, indicam que 20.245 pessoas morreram devido ao câncer de cólon, reto e ânus, ressaltando a urgência de ações preventivas e de conscientização.
Prevenção é fundamental
Atualmente, cerca de 85% dos casos de câncer de intestino são diagnosticados em fase avançada, o que aumenta os custos do sistema de saúde com cirurgias, quimioterapia, radioterapia, além de diminuir as chances de cura para um dos tumores malignos mais frequentes e fatais no Brasil. Os principais sintomas da doença incluem alterações recentes no hábito intestinal, como diarreia ou intestino preso, que não se resolve espontaneamente ou com medicação; presença de sangue nas fezes; cólicas abdominais persistentes, dor durante a defecação ou sensação de evacuação incompleta; redução do apetite, que pode ou não estar acompanhada de perda de peso, e até anemia.