A fase de crescimento dos bebês e crianças é repleta de dúvidas e aprendizados, e uma das questões mais comuns entre os pais é se o uso prolongado da chupeta e mamadeira realmente afeta a dentição dos pequenos.
De acordo com Kenia Aparecida Freitas Moraes, mestre em Odontopediatria e docente do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, o uso prolongado de chupeta e mamadeira pode gerar problemas na dentição das crianças. “Essa situação surge devido à força aplicada pelos bicos sobre os dentes podendo desencadear ou intensificar maloclusões”, afirma.
A dentista alerta ainda que o uso da chupeta traz repercussões negativas não só na boca ou na face, mas principalmente na amamentação e emocional da criança. “Não há evidências concretas de um intervalo temporal definido, porém, quanto mais tempo, duração e frequência que o hábito persistir maior será a probabilidade de prejudicar o desenvolvimento orofacial da criança”, destaca.
Kenia cita que os problemas mais comuns causados pelo uso prolongado da chupeta e mamadeira incluem alterações nos ossos, dentes e músculos da face, alteração no posicionamento correta da lingual, problemas respiratórios, disfunção na mastigação, deglutição e fonoarticulação das palavras inferiores e dependências emocionais graves.
Especialistas em Odontopediatria recomendam, o não uso de chupetas e mamadeira pois estes sempre trarão riscos para a saúde bucal da criança e o aleitamento materno. Evitando assim os hábitos deletérios e o desmame precoce. “Estas recomendações devem ser passadas aos responsáveis, aconselhando e orientando a respeito dos riscos e malefícios e desencorajar o uso desses dispositivos, pois os malefícios são maiores que os benefícios”, analisa a professora.
“É fundamental que os pais estejam vigilantes a indicadores como dentição desalinhada, complicações na mastigação, respiração oral e, se observarem esses sintomas, procurarem orientação de um dentista especializado em odontopediatria”. A especialista ressalta que o uso da chupeta e mamadeira são decisão final da família e cabe ao profissional da saúde respeitar a decisão dos pais, acolhe –lós e realizar um acompanhamento clínico amplo e rigoroso do sistema estomatognático da criança finaliza a docente da Faculdade Anhanguera.
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