No recente Fórum Novo Saneamento, foram discutidos os principais desafios do setor, entre os quais se destaca facilmente a necessidade de Universalização dos serviços, reforçada pela aprovação do Marco Legal do Saneamento Básico em 2020, que estabelece o prazo máximo de acesso de toda a população brasileira à água e esgoto tratados até 2033.
“Só este desafio já é gigantesco e vem junto com grandes demandas práticas de adequações regulatórias e de investimentos operacionais para garantir a infraestrutura necessária e a eficiência operacional”, comenta Alberto de Freitas, vice-presidente de Operações, IA e Estratégia da Megawork, consultoria especializada em projetos de gestão empresarial no setor de utilities.
O Marco Legal do Saneamento trouxe mudanças significativas para o setor, como a abertura para a participação da iniciativa privada e a criação de novas agências reguladoras, visando ampliar a competitividade e a qualidade dos serviços oferecidos. Mas a iniciativa aumentou também a insegurança jurídica para os atuais players do setor, já com diversos processos em andamento, que tiveram sua capacidade de operar e investir questionada, e agora devem concentrar mais esforços na análise de riscos devido ao arrocho da fiscalização pelas agências reguladoras.
“Isto porque ainda há desigualdade na regulação do setor em diferentes regiões do país, o que cria distorções na concorrência e dificulta a captação de investimentos, exigindo que as companhias defendam a harmonização da regulação em todo o país para garantir um ambiente de negócios mais justo e competitivo”, explica Freitas. Ou seja, é um cenário com muitas oportunidades de investimento e crescimento dos negócios, mas também muitos riscos devido à falta de dados acurados sobre as demandas regionais, a infraestrutura já disponível, custos para ampliação das operações, e multas em função de questões tributárias e regulatórias etc.
Em termos de infraestrutura, o desafio também é grande. Uma parcela significativa da população brasileira ainda não tem acesso à água potável e à coleta de esgoto, especialmente nas áreas rurais e em comunidades de baixa renda. As empresas de saneamento precisam investir na expansão da rede de distribuição de água e na construção de novas Estações de Tratamento de Água (ETAs) e Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) para atender a essa demanda reprimida. Elas têm ainda de investir em constante inovação tecnológica para melhorar a eficiência dos serviços e reduzir os custos a fim de se manterem competitivas.
Outra questão é que a qualidade dos serviços também não é satisfatória em muitas regiões. “As empresas de saneamento precisam modernizar a infraestrutura existente, reduzir perdas de água e otimizar processos de tratamento para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Além disso, também precisam garantir uma manutenção eficiente em uma infraestrutura, que é em grande parte antiga e precária, para evitar rupturas, vazamentos e outros problemas”, ressalta o executivo da Megawork.
Além desses desafios, as operadoras têm também de lidar com as mudanças climáticas, que vêm aumentando a frequência de eventos extremos, como secas e inundações, adotando medidas de resiliência para assegurar a continuidade dos serviços. Devem também conscientizar à população sobre a importância do uso racional dos recursos com o desenvolvimento de campanhas educativas e outras ações. “Todas estas providências requerem muita governança e controle rigoroso de todos os aspectos das operações, com dados assertivos para tomada de decisões e recursos financeiros”, afirma Freitas.
Aliás, a falta de recursos financeiros é outro problema sério das companhias do setor, agravados pela inflação e aumento dos custos de produção, assim como pelas baixas tarifas cobradas dos consumidores, os altos índices de inadimplência e à dificuldade de acesso a crédito. Por isso, as empresas precisam buscar alternativas para aumentar as receitas, como a captação de investimentos privados e a otimização da gestão do capital disponível. Os investimentos em infraestrutura de saneamento são vultosos e exigem planejamento financeiro rigoroso, o que só é possível com a elaboração de planos de investimento realistas capazes de conquistar fontes de financiamento adequadas para viabilizar projetos de aprimoramento e expansão das redes.
“É neste momento que precisam de tecnologias essenciais eficientes, que lhes permitam monitorar e controlar as operações, gerando dados e insights essenciais, como um bom ERP com business analytics, para a tomada de decisões e para convencer os investidores interessados da viabilidade de seus projetos e de que terão um bom retorno sobre os valores aplicados (ROI)”, detalha Freitas.
Um sistema de gestão empresarial eficiente é o alicerce de qualquer transformação tecnológica e é essencial para garantir a acuracidade dos dados administrativos e operacionais das operadoras de saneamento para que possam atender às necessidades atuais da população e se antecipar às futuras demandas. “Só é possível inovar, se a empresa tiver bases sólidas, com conhecimento profundo sobre suas operações, pontos fortes e fracos, boa governança e transparência para atrair e manter investidores satisfeitos e prontos a investir no aperfeiçoamento da infraestrutura para garantir o máximo de retorno à sociedade, sabendo que terão também bons resultados de negócios”, reforça Freitas.
A conclusão é que para enfrentar seus grandes desafios, o setor de saneamento básico precisa aperfeiçoar sua gestão, ampliando a inteligência do negócio, gerando informações em tempo real. O primeiro passo é investir em tecnologias essenciais para fundamentar a adoção futura de novas tecnologias como IA e IoT, entre outras, sempre visando o bem-estar da população e os melhores resultados de negócios para seus investidores.
Olhando o mercado brasileiro no geral, algumas operadoras já contam com sistemas de gestão e estão começando a desfrutar de seus benefícios, outras têm ERPs implementados, mas não sabem como tirar proveito de seus diferenciais e outras ainda precisam começar a traçar seu caminho. “Em todos os casos, elas precisam de consultorias comprometidas e confiáveis, que conheçam o setor de prestação de serviços públicos (utilities) e contem com especialistas aptos a compreender as especificidades dos negócios de cada empresa para a implementação de projetos customizados, com critérios rigorosos de governança, total transparência, prazos e resultados a serem alcançados muito bem definidos”, conclui Freitas.
Sobre a Megawork
Com mais de 32 anos de existência, a Megawork é Gold Partner SAP, uma das maiores consultorias brasileiras especializadas em soluções para gestão de negócios focadas nos segmentos de Distribuição, Manufatura, Utilities, Mineração e Serviços, sendo considerada no Brasil uma das principais parceiras da líder de tecnologia e inovação do mundo, a SAP. Com mais de 300 profissionais, opera em todo o país. Megawork implementa e é especialista na solução de gestão empresarial SAP S/4HANA, nas versões Private e Public, voltadas para médias e grandes empresas, respectivamente. Sua expertise é reconhecida e certificada.
Além de participar de diversos projetos de implantação de ERP’s, a Megawork também acumula know-how em soluções de Business Intelligence, e apresenta diversos serviços em seu portfólio tais como consultoria, AMS (Application Management Services), fábrica de software (ABAP, .Net e Sharepoint), e alocação de profissionais, que ajudam seus clientes a evoluírem seus negócios para se prepararem para a jornada da Transformação Digital. Possui certificação SAP PCoE – atestando que a empresa apresenta padrões globais de excelência da SAP e boas práticas de gestão e suporte às soluções. Além disso, é a 1ª empresa do Brasil certificada no MPS.br – Nível C em serviços. E conta com as certificações ISO 9001 e ProdFor.
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