O Brasil está passando por uma epidemia de dengue e, em meio à onda da doença, os números relacionados à COVID-19 também aumentam. Ambas as doenças são causadas por vírus e provocam praticamente os mesmos sintomas, mas a evolução delas é distinta e pode ajudar na identificação de cada uma.
Por esse motivo, a médica do Pronto-Socorro (PS) do Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), unidade do governo de Goiás, esclarece algumas diferenças de sintomas que podem auxiliar na identificação das duas situações. “As duas doenças são virais. A dengue tem sintomas como febre alta acima de 38 graus, dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos principalmente ao movimentar, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo”, aponta a médica do PS, Patrícia Margarida.
Ela ainda ressalta que, diferentemente da dengue, a COVID-19 apresenta sintomas respiratórios, como tosse, coriza, obstrução nasal, dificuldade para respirar, perda do olfato e paladar, dores de garganta, dores no corpo e febre. No entanto, a médica enfatiza que somente exames específicos podem confirmar o diagnóstico. “Portanto, caso a pessoa sinta esses sintomas, é altamente recomendável procurar uma unidade de saúde próxima de sua residência para realizar uma avaliação adequada e receber o tratamento correto para cada doença”, orienta ela.
Casos no Brasil
De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou mais de 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2024. Já foram contabilizadas 214 mortes pela doença. No mesmo período no ano passado, o Brasil tinha 207.475 casos prováveis de dengue. Os números de casos de Covid-19 também têm aumentado, pois segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país registrou mais de 300 mil casos e mais de 1 mil óbitos confirmados.
Em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou 36 mortes no estado por dengue em 2024. Ao todo, são mais de 31 mil casos confirmados da doença desde o início do ano. Goiás já registrou mais de 8 mil casos de Covid-19 apenas em 2024, com 14 óbitos confirmados. Os dados do último levantamento da SES-GO mostram que o número de casos se concentra, principalmente, na faixa etária de 30 a 49 anos.
Até fevereiro de 2024, o Hetrin, unidade administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED, já registrou 480 casos de dengue e 636 casos de COVID-19. A médica Patrícia Margarida enfatiza que juntos é possível enfrentar essa epidemia, adotando medidas preventivas e cuidando uns dos outros. “É importante lembrar que os cuidados devem ser mantidos não apenas neste momento, mas continuamente, incluindo o uso de repelente, a eliminação de água parada, o uso de álcool em gel e máscaras em locais aglomerados”, orienta ela.
Assessoria de Comunicação do Hetrin