Em 14 de abril é celebrado o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva, instituído em 2004 pelo Sistema Conselhos de Psicologia. A data tem como objetivo lançar luz à condição de privação de desenvolvimento adequado, além do abandono e da exclusão escolar, a que milhões de jovens e crianças brasileiros ainda são submetidos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente uma em cada sete (1:7) pessoas no mundo possui algum tipo de deficiência. Essa estatística se reflete também na educação, em que estima-se que uma em cada três (1:3) crianças com deficiência e com idade para frequentar o ensino fundamental está excluída do ambiente escolar. No Brasil, segundo dados do Censo Escolar 2022 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a disparidade é ainda mais evidente: enquanto a taxa de analfabetismo entre a população em geral é de 4%, entre as pessoas com deficiência esse número chega a quase 20%.
“Apesar de ser um direito humano fundamental reconhecido às pessoas com deficiência, a inclusão educacional ainda é um desafio dos sistemas escolares em todo o mundo. A escola é um espaço de todos e a consolidação de práticas pedagógicas inclusivas e a parceria entre professores de sala comum e de um Atendimento Educacional Especializado (AEE) são essenciais para o desenvolvimento do aluno com deficiência”, destaca Victor Martinez, supervisor educacional e do serviço de Longevidade do Instituto Jô Clemente (IJC).
Para uma sociedade mais inclusiva, é necessário que a educação seja, de fato, universal e de qualidade para todas as pessoas. No Brasil, estima-se que existam cerca de 18,6 milhões de pessoas (acima de dois anos) com deficiência. Esse valor corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária, segundo dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Com o aumento de casos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), diversas famílias buscam informações e suporte para lidar com questões pedagógicas, sociais e emocionais. Nesse contexto, o Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras, reforça a importância do serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Ofertado desde 2008 pelo IJC e direcionado a crianças e adolescentes de 4 a 17 anos no contraturno escolar, o AEE dispõe de estratégias educacionais que são definidas de acordo com as características de cada criança/adolescente, favorecendo o rompimento das barreiras nos ambientes sociais, educacionais e familiares.
Victor destaca que o AEE é oferecido por meio de um Termo de Parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. “Pesquisas realizadas pelo CEPI – Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto Jô Clemente (IJC), mostram que os alunos que frequentam o AEE ganham mais autonomia, independência e conseguem evoluir no relacionamento interpessoal e na expressão de sentimentos”, finaliza o supervisor.