No próximo dia 15 de agosto, o Dia dos Solteiros é celebrado no Brasil. A data, que começou como brincadeira em uma universidade chinesa em 1990, ganhou adeptos em diversos cantos do mundo, que comemoram a ocasião em dias diferentes. Por aqui, a solteirice é exaltada em encontros temáticos, promoções em lojas e até em festas que proíbem a entrada de casais.
Atualmente, porém, quem não está tão feliz com o seu status de solteiro costuma recorrer a aplicativos e sites de relacionamento, que conectam pessoas de acordo com os mais variados critérios, desde a aparência até religião e interesses em comum. Enquanto o método tem se mostrado altamente eficaz e popular, ele esconde alguns riscos que os solteiros devem estar cientes.
Segundo Diana Troper, DPO (Data Protection Officer, ou diretora de Proteção de Dados) da Unico, empresa brasileira especializada em identidade digital, as ameaças começam com o catfishing, quando uma pessoa pega informações e imagens de outras pessoas para criar uma identidade diferente para si mesmo. “Os objetivos desse tipo de golpe são os mais diversos, começando pela busca de atenção e bullying até para enganar, defraudar ou roubar a identidade de alguém”, conta a executiva.
Em casos mais extremos, nos chamados “golpes de romance”, o catfisher constrói um relacionamento com a vítima para coletar informações pessoais sigilosas, geralmente por meio de mídias sociais ou aplicativos de namoro online. Esse tipo de fraude usa engenharia social, uma técnica de manipulação que explora erros ou a ingenuidade humana para obter informações pessoais, acessos privados ou coisas de valor, incluindo a solicitação de dinheiro. “Dependendo do golpista, esse tipo de fraude pode ser longo: enquanto eles conquistam o afeto e a confiança de suas vítimas, manipulando suas emoções, coletam aos poucos as informações que precisam, esperando as brechas corretas para agirem”, explica Diana.
O golpista pode agir de várias maneiras diferentes: alguns nunca mostram o rosto e evitam encontrar pessoalmente suas vítimas ou fazer videochamadas, enquanto outros não se escondem e são muito abertos sobre si mesmos para ganhar a confiança. De todo modo, estes são alguns sinais que devem colocar uma pulga atrás da orelha:
1. Eles desaparecem depois de serem confrontados. Quando são pegos em uma mentira ou questionados sobre algo contraditório, eles não se explicam e simplesmente saem do ar. “Se o golpista for ousado ou achar que ainda tem algo a desviar da vítima, pode até retomar o contato, mas eles normalmente somem uma vez que são pegos”, relata Diana.
2. Eles insistem em usar um software específico. Na hora de fazer uma videochamada, se eles pedem a instalação de um software que parece suspeito ou desconhecido, pode ser um malware disfarçado. Se eles recusam todos os aplicativos sugeridos, é bom ter cautela.
3. Eles escondem o rosto. Se seu crush virtual sempre tem uma nova desculpa para não fazer videochamada e geralmente se limita apenas à comunicação escrita, pode ser um sinal de que esta pessoa não é quem dizem ser.
4. Suas contas nas redes sociais parecem desatualizadas. Algumas pessoas não gostam de usar redes sociais – e tudo bem com isso. Mas se o perfil parece desatualizado, se a lista de amigos incluir centenas de pessoas aparentemente aleatórias e se não houver comentários em suas postagens, pode ser um sinal de que o perfil é falso.
5. Eles começam a falar sobre dinheiro. Às vezes contam uma história triste, sobre como precisam de mais R$ 300 para cobrir o aluguel do mês ou como estão precisando de um procedimento médico. Em outras, tentam atrair para iniciar um negócio juntos ou entrar em um esquema que parece uma pirâmide. “O importante é não ceder e tentar pensar claramente: se realmente precisasse de dinheiro, não recorreria à família e amigos próximos, em vez de uma pessoa que conheceu online há poucas semanas?”, pondera a executiva.
Em resumo, é sempre bom ser extremamente cuidadoso com as pessoas que conhecemos em ambientes online, pois nunca se sabe quem está do outro lado da tela. “Além de ficar de olho nessas dicas, é importante reforçar o cuidado que todos devem ter para proteger sua identidade na internet, sem fornecer informações sobre si mesmo facilmente – seja solteiro, casado ou divorciado”, conclui Diana.
Sobre a Unico
Fundada em 2007, a Unico é pioneira e líder em soluções de identidade digital confiável no Brasil. Tornou-se unicórnio em 2021 e, após a quarta rodada de investimento, foi avaliada em mais de USD 2.6 bilhões. A IDTech conta com uma plataforma completa de capacidades inovadoras para a verificação e proteção da identidade. São elas: biometria facial para autenticação de identidades com 100% de certeza, camadas reforçadas de segurança para prova de vida, verificação de identidade e titularidade do cartão de crédito em compras online, admissão digital, gestão de compra de veículos e plataforma de educação corporativa. A Unico está presente em mais de 800 empresas, entre os maiores bancos privados, varejistas, fintechs, e-commerces e indústrias. Foi reconhecida como uma das empresas mais inovadoras da América Latina pela Fast Company em 2024. Saiba mais em www.unico.io.
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CAMILE GIL ORNELAS DE FREITAS
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